Item que mais puxou a inflação para cima foi a gasolina (4,26%) | Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil
Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,26% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), desacelerando de forma considerável em relação à taxa de dezembro (0,92%). O resultado foi o menor para um mês de janeiro na RMS desde o início do Plano Real.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que a principal pressão inflacionária de janeiro veio do grupo alimentação e bebidas (1,08%), puxado pela alimentação no domicílio (0,85%).
Porém, o item que mais puxou a inflação para cima foi a gasolina (4,26%), fazendo com que o grupo transportes (0,52%) exercesse a segunda maior pressão inflacionária no mês. Por outro lado, a energia elétrica residencial registrou queda (-6,12%) e foi o item que, individualmente, mais ajudou a frear o IPCA de janeiro na RMS.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na RMS acumula alta de 4,23%. Está abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro e também menor que o índice acumulado no país como um todo (4,56%).
Dentre os três grupos com quedas médias nos preços, em janeiro, habitação (-1,40%) e comunicação (-0,28%) deram, nessa ordem, as principais contribuições no sentido de conter a inflação na RMS. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 4,23%, abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro e menor também que a média do país (4,56%).
O índice da RMS ficou bem próximo ao nacional (0,25%) e foi o décimo entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE. As taxas mais altas se apresentaram em Campo Grande/MS (0,53%) e na Região Metropolitana de Recife/PE (0,50%).
Por outro lado, segundo o IPCA, Goiânia/GO (-0,17%) e a Região Metropolitana de Belém/PA (-0,03%) tiveram deflações em janeiro.
Dentre os alimentos, o lanche fora de casa (4,57%) e a cebola (29,51%) foram os que apresentaram o maior peso inflacionário, com o último também sendo o item que teve o maior aumento no mês.
Na RMS, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos, ficou em 0,30% em janeiro, bem abaixo do 0,96% registrado em dezembro e quase idêntico ao índice de janeiro de 2020 (0,31%).