A expectativa é concluir pavimentação, 2 praças e a implantação da fiação subterrânea até o dia 22
A menos de duas semanas para a entrega da chamada 'nova orla da Barra', prevista para o dia 22, comerciantes e frequentadores dizem estar ansiosos pelo fim das obras. Para quem vive dos negócios, a principal expectativa é pela retomada das vendas. Já os usuários querem de volta a tranquilidade no local.
Cerca de 95% dos serviços já estão adiantados, segundo afirmou o diretor de projetos estratégicos da Casa Civil municipal, Paulo Hermida. Falta terminar a pavimentação, concluir duas praças e, por último, colocar a fiação subterrânea, desde a praia do Porto da Barra até a área do Morro do Cristo.
"O projeto está bastante adiantado. Só não está mais porque os canteiros de obras estão instalados justamente onde estamos construindo duas praças: uma é a do Patriarca da Independência, na rua Barão de Sergy, e outra próxima ao Farol", explicou Paulo Hermida.
Trânsito
Dúvida recorrente entre os comerciantes locais e frequentadores, a liberação do tráfego de veículos entre o Porto e o Farol foi confirmada por Hermida. Contudo, as vagas para estacionamento estarão disponíveis apenas para uma quantidade reduzida de carros, a maioria para moradores locais, nas ruas opostas à orla.
A medida será válida a partir da implantação da chamada Zona Verde, criada pelo Decreto nº 24.728, publicado em janeiro passado. Serão 80 vagas na rua Afonso Celso e outras 30 na rua Barão de Sergy, destinadas aos moradores que fizerem o cadastro na Transalvador.
Barulho de máquinas, trânsito de operários e muita poeira passaram a fazer parte da rotina de moradores da Barra e comerciantes, como Ricardo Magarão, gerente do restaurante Portal do Mar, em frente ao Forte de Santa Maria da Barra.
Por conta da existência de um canteiro de obras, assim como o impedimento do tráfego de veículos e a consequente proibição de estacionamento, Magarão diz ter assistido nos últimos meses a uma queda vertiginosa do fluxo de clientes.
Prejuízo
"Nossas vendas, assim como a dos demais comerciantes da área, despencaram 70%. Por conta disso, tivemos que demitir dois funcionários", disse Ricardo Magarão, acrescentando: "Teve comerciante aqui que segurou até onde pôde e teve de fechar as portas do comércio".
Outra comerciante, que não quis se identificar, também reclamou da fraca movimentação de clientes, embora tenha elogiado a beleza do projeto. "Está ficando bonito, sim. Sabemos que toda obra causa transtorno, mas o prejuízos foram demais. Demiti quatro funcionários", observou.

Serviço de pavimentação segue acelerado no porto (Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE)
Frequentador assíduo da praia do Porto, o empresário Luiz Sampaio, 54 anos, diz estar ansioso pelo fim das obras. "Para que a gente possa, enfim, ouvir barulho só do mar. Além de poder caminhar no calçadão sem se preocupar com os materiais usados na construção", afirmou.
Além do calçadão compartilhado entre veículos, pedestres e bicicletas, o projeto de requalificação da Barra também contempla a implantação de fiação subterrânea. De acordo com Paulo Hermida, essa será a última etapa da obra, depois que a infraestrutura das valas que vão receber os fios passar por uma fase de testes.
O gestor informou também que "as empresas que vão trabalhar com a fiação elétrica precisam checar se as valas estão adequadas para suportar a fiação". Ele acrescentou que nas ruas opostas à orla a fiação das empresas de telecomunicações também será subterrânea.
Um eletrotécnico que trabalha na implantação da fiação informou que a fiação da rede pública de energia será distribuída por cabos isolados, de 35 milímetros, para alimentar lâmpadas de LED em postes com 10 metros de altura.