Rua Minas Gerais foi um dos lugares que virou Zona Azul
O primeiro dia de exploração de 267 novas vagas do sistema Zona Azul, pela prefeitura de Salvador, em ruas da Pituba foi motivo de queixa de moradores, comerciantes e frequentadores do bairro.
Em passagem pela rua Minas Gerais, onde foram instaladas 57 vagas, A TARDE ouviu diversos motoristas, que criticaram a cobrança pelo estacionamento.
As reclamações mais frequentes dizem respeito à correlação preço/tempo de permanência na vaga. Usuários não se conformam em pagar R$ 3 por menos de duas horas de serviço.
"Paro por minutos, para ir à farmácia, e sou cobrado como se tivesse ficado duas horas. Essa é uma tentativa de arrecadação a qualquer custo", afirmou um homem que não quis ser identificado.
Parar na Zona Azul custa R$ 3 (2h), R$ 6 (6h) ou R$ 9 (12h). A cobrança é feita das 7h às 19h, durante a semana, e das 7h às 13h, aos sábados. Outras ruas do bairro com o serviço são: Maranhão (44 vagas), Paraíba (35) e Pará (19).
Segundo a comerciante Lania Souza, ontem, clientes desistiram de consumir no local por causa da cobrança: "Muita gente está deixando de estacionar, procurando outros estabelecimentos".
"O objetivo é inibir a ação dos flanelinhas. A arrecadação é apenas uma consequência", disse o superintendente de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), Fabrizzio Muller. Ele não classifica as questões destacadas como problemas, mas não descarta mudanças.
Flexibilização
Conforme guardadores, a prefeitura orienta que a cobrança seja feita independentemente do tempo de uso da vaga, inclusive a moradores. Porém os fiscais dizem "flexibilizar, usando bom senso".
Ainda segundo guardadores, os flanelinhas, "geralmente moradores de rua e usuários de droga", fazem ameaças "por raiva da concorrência".
Em nota, a Polícia Militar informou que quem for ameaçado deve prestar queixa em delegacia próxima.