Para sindicalista, carga horária é insuficiente
Para o presidente do Sindauto, Abelardo Filho, o fator emocional é determinante, mas salienta que a carga horária de 20 horas para as aulas práticas não é suficiente.
“Para habilitar uma pessoa, seria necessário no mínimo 30h/aula. O ideal mesmo é em torno de 40h/aula. Aprender é por etapas, um processo continuado, que necessita de tempo e prática”, afirma ele.
Para Luide, a carga horária é suficiente. “ Se o aluno não estiver seguro, pode solicitar aulas extras. O problema é que a maioria não está se sentido segura e já se arrisca a fazer a avaliação”, afirma.
Neste sentido, Aberlardo Filho acredita que a legislação poderia conceder autonomia aos instrutores para que pudessem determinar se o aluno está apto ou não a realizar o teste. “Muitas vezes, o instrutor diz que o aluno não está apto a fazer o exame, mas ele diz que vai arriscar”, conta.
Filho defende ainda que a legislação deveria obrigar que os municípios tivessem uma área exclusiva para as aulas práticas. “Seria ideal para treinar os alunos antes que eles fossem para a rua, ainda inseguros”, ressalta o presidente do Sindauto.
Dicas
Com 26 anos de experiência, o instrutor Kenedy Nogueira, 52, ressalta que o aluno deve manter a tranquilidade e segurança na hora da prova. “Basta colocar na cabeça que ele fará tudo o que fez nas aulas práticas”, afirma.
Nogueira adverte que, caso finalize as 20 aulas práticas e não se sinta apto, o candidato deve fazer aulas extra até que sinta segurança: “Há alunos que desenvolvem bem, mas outros demoram um pouco mais. Por isso, só devem fazer o teste quando se sentirem prontos”, ressalta.
Ter uma boa noite de sono e alimentação leve também são indicados para quem vai fazer o exame. Segundo Genésio Luide, os testes que mais reprovam são os de baliza e meia embreagem.