A Prefeitura de São Paulo encaminhou ao governo federal um projeto que prevê a construção de uma área de escape no Aeroporto de Congonhas, na zona sul, em ambos os lados das cabeceiras da pista com a desapropriação de imóveis residenciais e comerciais nos bairros de Moema e Jabaquara. A idéia é que a obra seja paga com recursos da iniciativa privada, por intermédio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O projeto elaborado por técnicos da Secretaria Municipal de Habitação prevê a construção de pilares formando uma espécie de 'minhocão' para abrigar a área de escape. O investimento seria de R$ 500 milhões.
Os pilares sustentariam a estrutura de um caixote coberto com concreto poroso de cerca de 300 metros de comprimento, mesmo método construtivo utilizado no Aeroporto Internacional de La Guardia, em Nova York. A pista principal de Congonhas tem 1.940 metros de comprimento e o aeroporto foi construído em cima de um platô artificial, localizado a 802 metros acima do nível do mar.
A área de escape suspensa avançaria por cima das avenidas Washington Luís e Bandeirantes, no lado do bairro de Moema. O perímetro retangular da área a ser desapropriada no lado de Moema da pista de Congonhas teria cerca de 900 metros de cumprimento em linha reta, atingindo imóveis até a Alameda dos Nhambiquaras. O local é bem adensado com imóveis residenciais e comerciais de alto padrão. O metro quadrado construído em Moema custa em média R$ 4,9 mil.
A elaboração de um projeto para área de escape no Aeroporto de Congonhas foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Kassab. O prefeito repassou a missão para o secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho. "Só é preciso vontade política para construir a área de escape em Congonhas", disse Almeida. O secretário ressaltou que já estudava a construção dessa área em Congonhas havia um ano. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o governador José Serra (PSDB) também concordam com a construção da área. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.