A senadora Marina Silva (PV-AC) reiterou hoje, em Campinas, a necessidade de o governo brasileiro não só ir com uma meta de redução de emissão de gás carbônico para a 15ª Conferência sobre Mudanças no Clima, a ser realizada pela ONU em dezembro, em Copenhague, mas também de o País assumir tais compromissos.
"Estudos mostram que o Brasil pode se comprometer com uma redução entre 30% e 40%", lembrou a senadora. "Estão cometendo uma confusão com essa história de meta voluntária, porque na hora em que os números forem apresentados eles passam a ser vinculantes. É fundamental que se vá com compromisso, constrangendo países desenvolvidos no bom sentido e buscando que países em desenvolvimento assumam compromissos à altura do que emitem e vão emitir", afirmou Marina.
O constrangimento ao qual a ex-ministra do Meio Ambiente refere-se é o fato de um país emergente chegar à convenção com uma postura decisiva. "Não basta entregarmos as metas e dizermos que fizemos o dever de casa. Não é só isso que a humanidade e o planeta esperam das lideranças", disse.
SucessãoA ex-ministra do Meio Ambiente deu palestra na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) na noite de ontem, após encontro com lideranças do PV, e retornou à universidade nesta manhã.
Marina falou na PUC o que já tinha dividido com estudantes, empresários e simpatizantes do PV na quinta-feira: sobre o compromisso brasileiro em Copenhague, a necessidade de o País buscar alternativas energéticas, a possível aliança com o PSOL para as eleições em 2010 e a importância de captação de recursos para investimentos tecnológicos no pré-sal.