A juíza Renata Gil, da 2ª Vara de Rio Bonito, prorrogou ontem, por mais 30 dias a prisão temporária dos seis indiciados por envolvimento no assassinato do milionário Renné Senna, que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em 2005. Entre os presos, estão a viúva Adriana Almeida, o ex-PM Anderson Sousa, suspeito de atirar contra Senna e Ednei Gonçalves Pereira, que estaria guiando a moto utilizada no crime. Oficialmente, o prazo para Adriana, de 26 anos, ser presa, venceria hoje.
Cronologia do casoJulho de 2005: René Senna, ex-lavrador e ex-açougueiro de Rio Bonito, ganha sozinho o prêmio de R$ 52 milhões da Mega Sena
Janeiro de 2006: René, então com 53 anos, se casa com a cabeleireira Adriana Almeida, de 28 anos
Janeiro de 2007: Adriana paga R$ 300 mil por uma cobertura no Arraial do Cabo (RJ). No documento de compra e venda, diz não ser casada nem ter relacionamento estável
4 de janeiro: O casal briga, e Adriana deixa a fazenda de R$ 9 milhões onde morava com o marido
7 de janeiro: René Senna é morto com quatro tiros de pistola à queima-roupa no Bar do Penco
12 de janeiro: Acusada pela única filha de René, Renata, de ser a mandante do crime, Adriana depõe na delegacia de Rio Bonito. A polícia pede quebra do sigilo bancário e telefônico da ex-cabeleireira
27 de janeiro: O motorista de van Robson de Oliveira, de 27 anos, diz em depoimento de seis horas que ele e a viúva se conhecem há três anos, já namoraram, reataram em setembro e passaram o réveillon juntos em Arraial do Cabo
29 de janeiro: Adriana admite que mentiu e pede pra refazer declarações à polícia
30 de janeiro: Adriana é presa sob acusação de envolvimento no crime
1º de fevereiro: Dois policiais militares que trabalharam como seguranças de René Senna foram presos, sob suspeita de participação no crime
2 de fevereiro: O ex-policial militar Anderson Silva de Souza, que atuou como segurança do milionário, se entrega para a polícia, é preso e considerado suspeito
5 de fevereiro: Prisão da professora de educação física Janaína da Silva Oliveira, mulher do ex-policial militar Anderson Silva de Souza - apontado como possível executor do assassinato - e amiga da viúva de Senna, Adriana Almeida.
6 de fevereiro: O último suspeito, o motorista Edney Gonçalves Pereira, se entrega à polícia e nega participação no crime.
8 de fevereiro: Depoimento de Creuza Ferreira Almeida, mãe de Adriana, reforça indícios de que ela tenha ligações com a morte de Renné e do PM Davi Vilhena. Creuza declarou que o ex-PM Anderson da Silva Souza, acusado de ser o autor do crime, tinha ciúmes de Vilhena com o patrão.
14 de fevereiro: Justiça nega pedido de habeas-corpus de Adriana. Decisão levou em consideração conversas telefônicas que indicaram que ela tentou atrapalhar as investigações sobre o caso.
26 de fevereiro: Polícia do Rio faz a reconstituição do crime, no dia 7 de janeiro, na cidade de Rio Bonito.
27 de fevereiro: Juíza prorroga por 30 dias a prisão dos seis envolvidos no caso.