O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga bingos e caça-níqueis na capital paulista, vereador Adilson Amadeu (PTB), disse ontem que uma pessoa ligada à Prefeitura de São Paulo o procurou, em seu gabinete, e tentou convencê-lo a diminuir o ritmo da apuração de denúncias sobre servidores que teriam pedido dinheiro à máfia do caça-níquel. "Ele pediu para eu me portar com mais tranqüilidade na CPI. Mas nenhum executivo vai me tirar da linha que estou", afirmou Amadeu.
Apesar das declarações de Amadeu, a desaceleração da CPI ficou nítida ontem, na última sessão do semestre, que foi esvaziada e durou cerca de uma hora. Só foi ouvido o assessor técnico da Coordenadoria de Assistência Social da Subprefeitura da Sé, Juliano Ulrich. Ele negou que tenha mandado outro assessor pedir patrocínio para a festa dos 100 anos do Cambuci, cuja organização foi responsabilidade dele. Em nota, a Prefeitura informou que já tomou providências sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo servidores.
VotaçõesA Câmara aprovou ontem, em segundo turno, o projeto de lei de Adilson Amadeu que prevê o pagamento de multas de trânsito em parcelas de até 12 vezes. Com a medida, quem não tem dinheiro para quitar a dívida poderia, mesmo assim, licenciar seu veículo. O parcelamento deverá ser válido para infrações cometidas até a data da sanção por Kassab - a homologação deve ocorrer nos próximos dias.
Os vereadores aprovaram também a prorrogação, até 2 de outubro, do prazo para a Prefeitura entregar o texto de revisão do Plano Diretor Estratégico. Kassab havia solicitado o adiamento até o fim do ano, mas o projeto substitutivo aprovado reduziu o prazo. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também foi aprovada. Com o recesso, os vereadores só voltam ao trabalho em 1º de agosto. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo