Presa desde 30 de janeiro, sob a acusação de ter planejado o assassinato do marido, Renné Senna, para ficar com um prêmio da Mega-Sena, a cabeleireira Adriana Almeida contou hoje ao titular da Delegacia de Homicídios, Roberto Cardoso, ter sido roubada pelo advogado Alexandre Dumans, que teria levado jóias, um carro Audi e uma picape S-10 da sua casa. A cabeleireira disse já ter pago R$ 300 mil a Dumans, que será indiciado pelo delegado sob a acusação de tráfico de influência.
O depoimento foi pedido por Adriana, que chegou acompanhada de outro advogado, José Lindberg Freitas, que substituiu Dumans. "São fatos graves, alguns criminosos. Ele (Dumans) obrigou-a a mentir e plantou provas testemunhais em troca de dinheiro", declarou Cardoso. "Ele pegou os carros e as jóias sem autorização e se recusa a devolver." O advogado foi procurado pelo Estado, mas não foi localizado.
Segundo o policial, apesar da acusação contra o ex-advogado, o depoimento não muda o rumo da investigação, que aponta Adriana como mandante da morte de Renné Senna. Além dela, outras cinco pessoas estão na prisão sob acusação de participação no crime.