As auditorias recém-concluídas identificaram "que foram realizados pagamentos indevidos no valor de R$110,557 milhões"
Antiga Hypermarcas, a Hypera recebeu a conclusão de duas auditorias realizadas para identificar o tamanho do prejuízo causado na companhia pelo esquema de corrupção no qual foi envolvida em 2016.
Em delação premiada, seu ex-diretor de Relações Institucionais, Nelson Mello, contou que pagava propina a senadores do MDB por meio do lobista Milton Lyra, mas, segundo ele, sem o conhecimento de seus chefes na Hypera. A empresa já esteve no centro da Lava-Jato.
Mello se comprometeu a ressarcir os cofres da empresa em R$ 33,1 milhões. O acordo foi anulado pela PGR ao descobrir que ele havia omitido uma série de fraudes e nomes de outros participantes envolvidos no esquema.
As auditorias recém-concluídas identificaram "que foram realizados pagamentos comprovadamente indevidos pela companhia, no valor de R$110,557 milhões".
O documento diz ainda que João Alves de Queiroz Filho, o Junior, dono da Hypera, concordou em cobrir o prejuízo de R$ 110,5 milhões, "sem assunção de responsabilidade". Ele fará o pagamento em quatro parcelas de R$ 27,5 milhões