Objetivo dos procuradores é recorrer da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que garantiu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso à íntegra do material apreendido na Spoofing I Foto: Agência Brasil
Sete procuradores da República, ex-integrantes e atuais membros da força-tarefa da Lava Jato, pediram na sexta, 22, para ingressarem como assistentes de acusação na ação penal da Operação Spoofing - investigação que mira grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades.
O grupo que quer participar do processo que tramita junto à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal inclui Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler, Orlando Martello Júnior, Júlio Carlos Motta, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e o ex-chefe da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol.
A reportagem do Estadão apurou que o objetivo dos procuradores é recorrer da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que garantiu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso à íntegra do material apreendido na Spoofing. Segundo Lewandowski, os arquivos apreendidos no âmbito das investigações somam cerca de 7 TB de memória.
Uma vez habilitados nos autos, a estratégia dos procuradores, representados pelos advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, seria tentar impedir o uso de dados do processo por terceiros que não foram vítimas dos hackers. Consultados pela reportagem, Knopfelmacher e Cavalcanti não comentaram.