Eduardo Bolsonaro disse tratar-se de item calórico 'indicado a quem faz muitas atividades físicas" I Foto: Câmara Deputados
A compra de R$ 15 milhões em leite condensado, realizada pelo governo federal em 2020, foi defendida nesta quarta-feira, 27, pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, após o tema viralizar com reportagem do portal "Metrópoles". Os órgão do governo gastaram juntos R$ 1,8 bilhão em alimentos – um aumento de 20% em relação a 2019, segundo a matéria.
Eduardo Bolsonaro afirmou nas redes sociais que dos R$ 15,6 milhões destinados à compra de leite condensando, R$ 14,2 milhões foram para o Ministério da Defesa. Valor que pode ser compreendido, segundo o deputado, levando-se em conta que o ministério é responsável pelas Forças Armadas e fornece alimentação.
"O Ministério da Defesa abriga as Forças Armadas e seu efetivo de 334.000 homens e mulheres do serviço ativo. Com este valor poderia-se comprar pouco mais de 6.500 latas de leite condensado/dia, algo bem razoável para uma tropa de 334.000 militares", afirmou o deputado.
Eduardo Bolsonaro disse tratar-se de item calórico 'indicado a quem faz muitas atividades físicas" e que serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns à mesa, "como bolos".
Ele avaliou também que a viralização do tema e o uso da informação por parte até mesmo de parlamentares e lideranças políticas evidencia uma tentativa de "criar narrativas para desgastar o presidente".
Na terça 26, congressistas enviaram uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Presidência da República, pedindo apuração dos gastos do Executivo em alimentação.