Edmilson Filho protagoniza longa
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Olhar afetivo às referências de sua infância como os filmes de kung fu e d'Os Trapalhões, O Shaolin do Sertão traz em seu cerne um bem-vindo resgate da comédia (supostamente) ingênua brasileira, que notabilizou o quarteto de comediantes liderado por Renato Aragão, além de Mazzaroppi, Oscarito & Grande Otelo.
Até a estrutura é a mesma, com um herói humilde e desacreditado que vence todas as dificuldades e se dá bem no final, sempre se utilizando de uma certa malandragem benéfica, que não prejudica ninguém e ainda lhe vale um beijo da mocinha.
Em Shaolin do Sertão, essa estrutura antiga ganha ares modernos pela cinematografia hi-tech atual, com sua montagem superágil e ritmo de desenho animado - mesmo com o filme se passando no longínquo ano de 1982.
Fator humano ponto alto
Mas o grande mérito do filme é mesmo seu fator humano: o elenco absolutamente acertado e a direção de Halder, que soube tirar o melhor de cada um deles.
Um exemplo claro é o cantor metabrega Falcão, no papel do mestre Chinês. Apesar de ser largamente conhecido como Falcão, um personagem em si, com seu vestuário extravagante e palavrório característico, em nenhum momento o vemos como o cantor famoso no filme. Ele é mesmo o mestre Chinês - é um outro personagem.
Joia de filme, Shaolin do Sertão reafirma duas carreiras brilhantes: para Halder e Edmilson.