Arlindo Cruz vai apresentar o melhor do samba em show
Para ele, o bom samba nasce em uma roda entre amigos de maneira informal, durante uma cervejinha e o preparo de um feijão. E, com 700 músicas gravadas e mais de 30 anos de carreira, Arlindo Cruz pode carregar consigo o título de Rei do Samba, nome dado ao seu show no Cais Dourado neste domingo, 17, a partir das 16h.
O sambista volta a Salvador para fazer a apresentação principal do dia e divide o palco com as bandas locais Paparico, D'Cifras, Denny Palma, Resenha e Samba Mocidade. "Às vezes a gente vê, se encanta pela performance, pelo som da banda, mas a parceria tem um pouquinho mais do que isso. Eu gosto mais do parceiro quando a gente consegue conviver no dia a dia, com a afinidade da amizade", explica o músico.
Herança Popular é o título do seu novo CD e também uma homenagem aos grandes nomes do samba, citados na música-título: Cartola, Candeia, Dona Ivone Lara, Jorge Aragão, entre outros.
Novos ritmos
O show é o lançamento desse trabalho, com canções inteiramente autorais, além de seus grandes sucessos. Apesar de reconhecer sua linhagem musical do samba de raiz, Arlindo Cruz não deixa de dialogar com novos ritmos e temas no álbum. Orgulhoso de sua carreira e das parcerias musicais, declara: "Acho que o samba está forte e não vai morrer, 'o samba acabou só se foi quando o dia clareou', já dizia o mestre (Paulinho da Viola)".