Tulipa Ruiz volta a Salvador com o novo trabalho
Ao contrário do que diz os versos da música Às Vezes, de Tulipa Ruiz - "A vida é chata, mas ser plateia é pior" -, o público soteropolitano pode ficar tranquilo na plateia, pois o show Dancê não será nada chato.
Com direção musical de Gustavo Ruiz, o show integra a turnê do terceiro CD de Tulipa, Dancê, lançado em maio. A apresentação acontece nesta quinta-feira, 9, às 20 horas, no Teatro Castro Alves.
Dançante até o fim
Se a proposta, desde a concepção, era ser um disco para escutar com o corpo, o show não haveria de ser diferente. Sempre com shows lotados em Salvador, Tulipa conta como o seu público foi importante para o processo de concepção do disco. "Esse show é uma resposta ao que vinha acontecendo nos meus shows, percebi que tenho bailarinos incríveis com coreografias espontâneas e isso me inspira muito", diz a cantora e compositora paulista.
Apesar do espaço da sala principal do TCA não ser apropriado para uma verdadeira pista de dança, Tulipa garante que o dançar proposto vai além do físico: "O show, assim como o disco, também tem momentos que dá para se ouvir de olhos fechados, assim pode ser uma dança reflexiva. E ainda tem a iluminação especial do show, onde a luz, para mim, é como um personagem que dança o tempo todo", completa.
A cantora conta que também gosta muito de fazer shows em teatros: "O teatro é um lugar onde você consegue ver mais o show, consegue olhar melhor a paisagem sonora das músicas que estão sendo tocadas".
No palco, a banda original de Tulipa é formada por Gustavo e seu pai Luiz Chagas, ambos nas guitarras, Marcio Arantes no baixo e Caio Lopes na bateria. A surpresa está por conta do duo de sopro que acrescenta sonoridade dançante ao show.
O repertório, que ganha som dos metais, segue a narrativa do disco, com o acréscimo de faixas como Pontual, de Efêmera (2010), e É, de Tudo Tanto (2012). Tulipa também cantará sucessos mais antigos. "Adaptadas aos novos integrantes e com novos arranjos, as músicas antigas vestem o modelito Dancê".
Produzido, assim como o show, pelo irmão da cantora, o CD é composto der 11 faixas e passeia do início ao fim por diferentes sonoridades que remetem à dança. E ainda contou com participações como Felipe Cordeiro, Metá Metá e Kassin, além dos veteranos João Donato e Lanny Gordin.
Em canções como Prumo, Físico e Tafetá, é possível perceber que Tulipa se inspira no cotidiano e no movimento. Para ela, seu tempo é agora.