O Teatro XVIII está completando 10 anos e para comemorar a data, preparou uma semana recheada de espetáculos e exposições. Um dos destaques é a reestréia de Esse Glauber, que volta a cartaz no mês do Carnaval, justamente por abordar a situação dos cordeiros dos blocos, pessoas que trabalham para garantir a festa dos outros. Além da peça, há ainda saraus, exposições e outras atrações; Confira:
Sarau do XVIII Glauco Mattoso e Roberto Piva - Roberto Piva e Glauco Mattoso são paulistas e poetas, representantes da contracultura, manifestação cultural ímpar do século XX. Os dois são tema do Sarau do XVIII de fevereiro, com roteiro de Marcos Dias, participações da mobília da casa e convidados. Entrada franca Seg., 19h (Tel: 3322-0018)
Nêgo Fugido estréia na Galeria Moacir Moreno - A exposição mostrará através de fotografias e objetos, um pouco da história do Nêgo Fugido História e Cotidiano do Povo Acupensel. Trata-se de uma recriação pelo grupo folclórico do recôncavo baiano, das lutas da resistência negra contra o regime escravocrata, encenada até hoje pelos moradores de Acupe, distrito de Santo Amaro. Entrada franca Qua. à seg., das 15h às 21h, até 04/03.
A Comida de Nzinga - O espetáculo conta um pouco da história da rainha Nzinga de Matamba, grande líder que entre os anos de 1624 e 1663 reinou sobre o Ndongo e Matamba, atual região da República de Angola. Nzinga também era uma exímia estrategista militar. Ela mesma lutou à frente de exércitos de angolanos e holandeses - a quem se associou para impedir o avanço dos portugueses em seu reino. Parceria do texto entre Aninha Franco e Marcos Dias. (3322-0018) Entrada:R$4, qua e qui, até 28 de fevereiro.
Esse Glauber - o espetáculo Esse Glauber, estrelado por Rita Assemany e Diogo Lopes
Filho, volta ao palco do Theatro XVIII para contar um pouco da situação das pessoas que trabalham para fazer a alegria de milhões de foliões. Todo Mundo (Rita Assemany) e Qualquer Um (Diogo Lopes Filho), personagens de Esse Glauber, esperam o pagamento no palco da mesma maneira que milhares de trabalhadores da festa, os cordeiros, esperam a féria por terem separado os que pagam para brincar dentro dos blocos carnavalescos dos que brincam fora das cordas. A demora é angustiante porque eles nunca sabem se os contratadores vão aparecer ou não, e Todo Mundo e Qualquer Um, que se conheceram no carnaval, conversam sobre suas vidas de excluídos do mundo formal para amenizar a angústia. Todo Mundo é consciente de que as coisas estão fora da ordem e que têm de mudar, Qualquer Um quer apenas ganhar uns trocados e beber. O espetáculo é dividido em quatro momentos, atores substituem os personagens e falam do Brasil, da arte, da brasilidade e dos artistas. (3322-0018). Ingresso: R$ 4, sex. à dom, às 20h, até 25 de fevereiro.