O Theatro XVIII, que estava praticamente desativado, renasce das cinzas, hoje, com uma programação que, até o mês de junho, inclui saraus, debates, mesas-redondas, exposições de arte, além de espetáculos teatrais, de dança e de música.
A escritora e dramaturga Aninha Franco, à frente da instituição, está animada e conta que tão logo o secretário de Cultura Albino Rubim assumiu a pasta substituindo o diretor teatral Marcio Meirelles , teve uma conversa franca com ele.
O XVIII, o teatro mais moderno e democrático da cidade, não pode funcionar sem parcerias. Antes, na antiga gestão, eu não conseguia fazer nada porque se instalou uma guerra contra mim dentro da Secult, frisa.
Aninha lembra que o público do XVIII dispõe de muitas atividades gratuitas, paga R$ 5 pelos espetáculos e os artistas não pagam pauta.
E anuncia as boas novas: hoje, às 19h, com entrada gratuita, o Theatro XVIII retoma as atividades, com o projeto Saraus do XVIII, com entrada franca.
Trata-se do Sarau do Absurdo, coordenado pelo poeta Marcos Borah, com participações de Aninha Franco e dos atores Rita Assemany, Felipe Benevides e Clara Sales, que abordará coisas absurdas de Salvador. O sarau também conta com a participação do músico Dão.
Texto premiado - As novidades não param por aí. No próximo dia 23, a partir das 19h, também com entrada franca, acontece a mesa-redonda Ela é Pobremática, que será mediada pelo jornalista Ronaldo Jacobina. Já está confirmada a participação do arquiteto e urbanista Paulo Ormindo que irá debater junto ao público soluções para o metrô de Salvador. Serão sempre abordados problemas da cidade, acentua Aninha.
A partir do dia 20, o público também poderá conferir a montagem brasiliense Cabaré das Donzelas Inocentes, inspirada no livro Conversas de Cafetinas, do baiano Sérgio Maggio, que recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 2010 na categoria reportagem.
E há mais novidades: aclamado pela crítica, o ator paulista Elias Andreato apresenta em Salvador, de 27 a 29 de maio, o espetáculo solo Doido. A peça, que fala de amor, loucura e arte, é inspirada na obra de grandes pensadores, como Maiakóvski, Van Gogh, Shakespeare, Oscar Wilde e Fernando Pessoa. Na pauta, exposições, performance de dança, com teatro, videodança, instalações e a Banda Limusine, com artistas locais.
Manutenção - O Theatro XVII, uma das 13 instituições culturais da Bahia que recebem recursos da Secretaria de Cultura do Estado para a sua manutenção, este ano vai receber o valor total de R$ 450 mil, o que significa uma média de R$ 37 mil por mês, destinados ao custeio parcial dos seus projetos e ações continuadas.
As informações são da Secult, que, além do Theatro XVIII, apoia a manutenção de outras instituições culturais, a exemplo do Balé Folclórico do Estado da Bahia, o Teatro Popular de Ilhéus, o Teatro Vila Velha, o Teatro Gamboa Nova e a Fundação Casa de Jorge Amado, dentre outras.
Projetos - Aninha Franco tem outros projetos. Ela quer que Elias Andreato, que dirige e atua na peça Édipo, em cartaz em São Paulo, depois monte o texto com atores baianos. Em São Paulo, aliás, Aninha também vai montar dois musicais com Adrian Chan.
E mais: a criativa Aninha está terminando o texto de Éramos Gays, peça que será dirigida por Fernando Guerreiro, e diz que o texto Sonhos, de sua autoria para Rita Assemany, também terá direção de Elias. Este ano, ela lança o livro A Criação da Cidade da Bahia entre 1990 e 2000.
| Serviço |
Sarau do XVIII
Quando: Segunda-feira, 16, às 19h
Onde: THeatro XVIII, Rua Frei Vicente, 18, Pelourinho, Centro Histórico
Quanto: Entrada franca
Informações: 3322-0018