Jorge morreu em 2001, vítima de uma parada cardiorrespiratória
Se estivesse vivo, Jorge Amado completaria 103 anos nesta segunda-feira, 10. Dividido entre a vida política e a literatura, o escritor se tornou um dos baianos mais influentes e conhecidos mundialmente.
Sua obra recebeu adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros já foram traduzidos para 49 idiomas, existindo, inclusive, exemplares em braile e em formato de audiolivro.
Jorge Amado ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais por sua obra literária, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997).
Política
Formado em Direito, seu nome sempre esteve envolvido com a política. Por ser militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai, entre 1941 e 1942, e na França, entre 1945 e 1950. De volta ao Brasil, Jorge afastou-se, em 1955, da militância política, mas não deixou os quadros do Partido Comunista.
Jorge Amado foi o autor da lei, ainda em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso.
Religião
Jorge Amado era adepto do Candomblé e orgulhava-se do título de obá de Xangô, um tipo de conselheiro no terreiro de Mãe Stella de Oxóssi, Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador.
Vida pessoal
Jorge nasceu em Itabuna, mas, com um ano de idade foi para Ilhéus, onde passou sua infância. Já em Salvador, estudou no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, quando começou a trabalhar em jornais e a participar da literatura.
O escritor casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve Lila, sua primeira filha. Em 1944 o casal se separou. No ano de 1949, Lila faleceu.
Em 1945, Jorge casou com Zélia Gattai, com quem teve João Jorge e Paloma. O dois permaneceram juntos até a morte dele com uma parada cardiorrespiratória, em 2001.
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