Ariano é autor de "O Auto da Compadecida" e "O Santo e a Porca", entre outras obras
Em sua última aula-espetáculo, na sexta-feira, 18, o escritor, poeta e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, 87, falou sobre sua morte, tema do qual "fugia", segundo a amiga Leda Alves, 83, atriz e secretária de Cultura do Recife.
Essa última aula aconteceu na cidade de Garanhuns, no agreste de Pernambuco, e o escritor terminou a apresentação comentando a morte, que chamava de "Caetana".
"No fim da aula, ele sempre diz: 'Não pensem não. Eu não vou morrer, eu me escondo da Caetana. Ela não vai me encontrar'. Mas, desta vez, ele disse assim: 'Eu sei que vou morrer, mas meus personagens ficarão todos com vocês'. Isso ele nunca disse em nenhuma aula dele", afirmou Alves, que participou de quatro peças de Suassuna como atriz.
Suassuna morreu na tarde desta quarta-feira, 23, aos 87 anos, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, sofrido na segunda. De acordo com boletim médico, ele teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana, e faleceu às 17h15.
O corpo do escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna será enterrado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco. O sepultamento está marcado para as 16h desta quinta-feira, 24.
Até as 15h, o corpo será velado no Palácio Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco.
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