Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michelle Bachelet serão os únicos chefes de Estado latino-americanos presentes à edicão regional do Fórum Econômico Mundial, que se realiza amanhã (25) e quinta-feira na capital chilena e tem como tema central O Poder de Uma Agenda Regional Positiva.
Os dois países, na avaliação do diretor do Fórum para a América Latina, Emilio Lozoya, estão dispostos a travar um diálogo com os distintos atores sociais para colocar a região num nível mais proeminente da agenda e inserir a região nos grandes fóruns da discussão. Segundo ele, também foram convidados outros presidentes, como o equatoriano Rafael Correa e o argentino Néstor Kirchner, além de ministros de todos os países da região.
Lozoya negou que a ausência de lideranças de esquerda, como os presidentes venezuelano, Hugo Chavez, e boliviano, Evo Morales, tenha a ver com correntes ideológicas, embora relatório da Rede de Riscos Globais do Fórum manifeste preocupação quanto às diferencas políticas da região. Diferentemente das cúpulas de chefes de Estado, este é um forum muito mais pragmático. Aqui não se vem falar de ideologías. É um fórum plural, afirmou.
O diretor destacou ainda a importância da presença do presidente brasileiro, que poderá trazer para o debate regional as idéias discutidas na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, realizada em Davos, na Suíça, em janeiro passado. Lula foi o único chefe de estado sul-americano presente a esse encontro.
No Chile, Lula e Bachelet participarão da plenária de encerramento, diante de cerca de cem presidentes de grandes corporacões mundiais, 20 ministros de Estado e outros cerca de 280 empresários representantes de governo, organizacões não-governamentais, acadêmicos e jornalistas de 28 países.
Entre os presentes, Enrique García, presidente da Corporação Andina de Fomento (CAF); José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA); Alejandro Jara, vice-diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (WTO); John Lipsky, primeiro vice-diretor Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI); José Luis Machinea, secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal); e Luis Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Também são esperados ministros e secretários de governo de diversos países. Do Brasil, estão previstas as presenças dos ministros de Relacões Exteriores, Celso Amorim; Desevolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias; da Previdência Social, Luiz Marinho; da Educacão, Fernando Haddad; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes; e de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, além de diversos empresários.
O Fórum Econômico Mundial é, provavelmente, a principal ocasião principal de encontro, conversacão e debates entre líderes mundiais do mundo político, empresarial acadêmico e das Organizacões Não Governamentais, resumiu o minsitgro da Fazenda chileno, Andrés Velasco, em entrevista coletiva à imprensa nesta terca-feira.