O Instituto do Algodão Social (IAS) apresentou hoje, em São Paulo, o Selo de Conformidade Social do Algodão, uma iniciativa da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). O selo vai informar a origem do algodão cultivado por produtores do Mato Grosso que respeitam a legislação trabalhista e os direitos humanos. Segundo o diretor-executivo do IAS, Félix Balaniuc, o selo é um instrumento de informação tanto para o comprador da matéria-prima quanto para o consumidor final, que atesta que o algodão foi produzido sem utilização de mão-de-obra infantil, forçada e sem submeter o trabalhador a condições degradantes ou indignas.
O Mato Grosso é o principal produtor e exportador de algodão do País, sendo responsável por 49% da produção nacional, de acordo com o IAS. Atualmente a cotonicultura emprega cerca de 55 mil trabalhadores diretos e 110 mil indiretos. Em 2004, entretanto, houve a inclusão de agricultores da região na "lista suja" de trabalho escravo do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE). Segundo Balaniuc, essa situação, aliada a barreiras não-tarifárias impostas pelo comércio exterior, que exigem a comprovação da origem da produção do algodão, foram os principais motivos para a criação do IAS, em 2005.