Um complexo será construído na região de Baixio
Negócios que somam, aproximadamente, R$ 500 milhões, gerando cerca de mil empregos nos próximos dez anos na Bahia: um complexo turístico e imobiliário na localidade de Baixio, no Litoral Norte; dois hotéis da bandeira Fasano, um em Baixio e outro em Salvador; além de outro empreendimento imobiliário de alto luxo no Horto Florestal. Ao contrário do que se possa imaginar, não se trata de mais um resultado dos esforços das políticas de atração de investimentos para o estado: o volume de recursos desta vez vem da "terrinha" mesmo, mais precisamente do grupo baiano Prima Empreendimentos Inovadores que, na contramão dos investidores receosos diante do quadro da estagnação da economia, resolveu apostar ainda mais sua fichas no potencial local.
"Creio que o Brasil está passando apenas por mais uma situação desafiadora, mas que, se tivermos planejamento, poderemos até reavaliar riscos, ajustar projetos, mas sempre mantendo um ritmo nos negócios, filtrando o negativismo no mercado", afirmou o empresário Nilson Nóbrega, diretor geral do grupo Prima. "Não sou do tipo queixoso, sou do tipo trabalhador", completou o empresário que lançou ontem, em Salvador, o empreendimento Ponta de Inhambupe - com conclusão prevista para sete anos em Baixio, a 124 quilômetros do aeroporto.
Condomínio-vila
Trata-se de um condomínio-vila de 238 unidades residenciais (apartamentos e casas) que integra a primeira etapa de um projeto de implantação de um megaprojeto turístico no local. O Ponta de Inhambupe deve contar, além do condomínio residencial, com um hotel boutique, áreas comerciais e de entretenimento. O volume de negócios estimado só no projeto é de R$ 170 milhões.
De acordo com Nóbrega, as pesquisas contratadas pelo grupo ainda apontam o turismo no litoral norte como um dos grandes potenciais de desenvolvimento da economia baiana. "Nosso foco é fazer em Baixio o maior destino turístico-imobiliário da Bahia, voltado primeiramente para os próprios baianos, que gostam de veranear, oferecendo uma opção que permite contato com potencialidades naturais diversas, contando com infraestrutura tecnológica e um pequeno 'burburinho' a ser garantindo pelos espaços de uso coletivo, como clubes, academia, restaurante e outras áreas de lazer".
São 99, 9 mil metros quadrados, dos quais apenas 42% serão de área construída, "justamente para a preservação máxima dos atrativos naturais do lugar", como frisou o empresário, revelando ter levado mais de cinco anos para obter todas as licenças ambientais exigidas.