Na véspera de Natal, clientes lotaram as lojas dos centros de compras, para adquirir presentes
Presume-se que na véspera de Natal as pessoas reservem o tempo para preparar a ceia, mas o que se viu nesta quarta-feira, 24, nas ruas de Salvador foi gente que deixou para fazer as compras na última hora. Ainda assim, o movimento de clientes ficou abaixo do que se costuma ver nos dias comuns.
A procura maior pelos presentes ocorreu dentro dos shopping centers da capital, onde o conforto e o ar condicionado serviram como atrativos. Já no comércio de rua, lojas com poucos clientes, calçadas com espaço para circular e pistas livres.
No Shopping Iguatemi, os consumidores aproveitaram o regime de funcionamento diferenciado para aumentar a lista de presentes. O centro de compras adotou a estratégia de abrir as portas por 36 horas ininterruptas, das 9h da última terça-feira até as 17h.
Por conta disso, no início da manhã, antes das 9h - horário em que os shopping normalmente abrem -, a nutricionista Paula Nogueira, 28 anos, já estava de sacolas nas mãos. "Não tive tempo de vir antes. Sorte que, em casa, já tem uma equipe preparando a comida", sorriu.
Apesar de não escaparem do trabalho na noite de Natal, as comissárias de bordo Deisi Morvan, 24 anos, e Adelina Souto, 29, não abriram mão de comprar lembranças para quando tiverem a chance de estar com a família.
A primeira passará a ceia em Natal (RN) e a segunda em Porto Alegre (RS). "Todas as nossas festas são assim. Inclusive Réveillon. Mas sempre fazemos compras onde paramos", contou Deisi.
No centro, região da Piedade, a dona de casa Márcia Costa, 48, aproveitou a proximidade de casa com o Center Lapa para atualizar a lista de compras. "A gente sempre acaba esquecendo algo. Por isso vim de novo!", enfatizou.
Comércio de rua
Quem evitou ir às compras na avenida Sete, pensando que o local estaria com o trânsito infernal, calçadas e lojas cheias, se enganou. Ao contrário, havia muito espaço para circulação naquela que é uma das mais movimentadas avenidas da capital.
Com o fraco movimento no comércio, o funcionário de uma loja de departamentos Anderson Araújo, 20, usava do bom humor para tentar atrair os clientes, no grito. "É mais uma estratégia. Hoje, o movimento tá devagar. Estava mais cheio há quatro dias", disse o rapaz.
A explicação do vendedor de tecidos Márcio Nascimento, 27, para justificar a frieza nas vendas era de que os consumidores preferiram, nesta quarta, as lojas de roupas. "Vendemos bem nos últimos dias. Mas quando é assim, em cima da hora, os clientes preferem roupa pronta", avaliou.
Na Baixa dos Sapateiros, houve muita pesquisa de preços por parte de consumidores como a técnica de enfermagem Mara dos Santos, 31. "O que tinha de comprar já comprei. Vou aguardar as promoções que devem acontecer em janeiro", previu.
Ali próximo, no Taboão, onde é farto o comércio de tecidos para diversas finalidades, o vendedor Messias dos Santos, 39, também se queixava da pouca procura. "A gente fica na fé de ganhar uma comissão a mais, hoje. Mas, no geral, as vendas foram boas", concluiu.