André Brandão tomou posse na presidência do BB em setembro do ano passado egresso do grupo HSBC, onde foi presidente I Foto: Edilson Rodrigues I Agência Senado
O presidente Jair Bolsonaro pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, segundo informou nesta quinta-feira, 14, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República. Não há comunicado oficial da demissão porque o ministro busca reverter o pedido.
O pedido de demissão foi motivado, segundo a secretaria, pelo anúncio de fechamento de cerca de 200 agências e do plano de reestruturação que prevê um programa de demissão voluntária com o objetivo cortar 5 mil vagas. Bolsonaro não concordou com as medidas.
Na manhã desta quinta, o Banco do Brasil informou ao mercado por meio da divulgação de "fato relevante" à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não ter recebido nenhuma comunicação formal por parte do "acionista controlador" (o governo federal) sobre decisão a respeito da demissão da instituição.
André Brandão tomou posse na presidência do banco em setembro do ano passado egresso do grupo HSBC, onde foi presidente. Ele tem mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro.
No HSBC, começou a atuar no final de 1999, na área de renda fixa, vendas e câmbio. Em 2001, assumiu o cargo de diretor de tesouraria, e posteriormente, foi promovido a diretor-executivo de tesouraria. Ele também atuou como diretor da área de mercado do banco para toda a América Latina, antes de chegar à presidência, em 2012. Além do HSBC, já trabalhou também no Citibank, entre São Paulo e Nova York.
O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira, 11, a abertura de dois programas de demissão voluntária com a previsão de adesão de cerca de 5 mil funcionários. O banco anunciou ainda o fechamento de 361 unidades (112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento) no primeiro semestre deste ano.