Melhora na economia brasileira abre novas possibilidades de atuação
Empresas de origem química e petroquímica na Bahia a exemplo da Petrobras - com a refinaria e a Fafem - a Braskem com um complexo de muitas unidades, além de diversas outras empresas como Dow, DuPont, Elequeiroz, Detem, Oxiteno, Cristal, Monsanto, Unigel e Basf são as possibilidades de trabalho para o engenheiro químico.
Outras áreas também estão contempladas pelo complexo industrial baiano, como as do ramo de cosmético, que inclui Avon e Boticário (em implantação), e do ramo de pneus, com a Continental e Bridgestone. No interior do Estado, existem algumas empresas da área de celulose e fertilizantes em que esse profissional também pode atuar.
"Para um país em pleno crescimento como o Brasil, a profissão do engenheiro químico é de fundamental importância, pois é responsável por realizar e viabilizar a transformação da matéria-prima e dos recursos naturais, nos bens de consumo para sociedade moderna", observa o coordenador do curso de engenharia química da Laureate/Unifacs e membro do Conselho Regional de Química da Bahia, Diniz Silva.
Em termos nacionais destacam-se as novas perspectivas de extração do pré-sal, a implantação de duas novas gigantes petroquímicas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e Suape-PE e o grande desenvolvimento da construção civil, impulsionando a fabricação de químicos desta área.
Regional - O professor chama a atenção para o mercado regional, que, além do Polo Petroquímico, maior complexo integrado do hemisfério sul, com mais de 90 empresas, tem a previsão de inauguração de novos centros de pesquisa.
"Exemplos são a Cetrel e a Unigel, além da implantação do novo polo acrílico com investimentos totais de R$ 4,5 bilhões. Isto faz da engenharia química certamente uma profissão promissora", diz.
Além das possibilidades de trabalho em diversas empresas, esse profissional pode atuar em outros ramos. "A engenharia é uma profissão muito ampla, e o engenheiro químico tanto pode atuar em empresas químicas ou de petróleo como em consultorias e, até mesmo, na docência profissional", completa Geraldo Bacelar Antón, coordenador do curso de engenharia química da Unirb.
Curso - O curso de graduação dura dez semestres, o que equivale a cinco anos e as atribuições do engenheiro são definidas pelo Conselho Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea). O salário médio de um recém-formado, segundo Antón, está em torno de R$ 5 mil. É devido também à remuneração que o curso continua bastante procurado por estudantes, mas, para seguir carreira, é preciso dedicação.
"Durante a faculdade é necessário muito estudo, pois o curso geralmente é exigente e puxado. Além disso é aconselhado cuidar das características de relacionamento e comunicação, pois trabalhar como engenheiro químico é normalmente lidar com grandes equipes e fazer interface com áreas de manutenção, comercial e outros", diz Eduardo Cavalcanti, que atua como coordenador de planta industrial, da Braskem.
Futuro - Eduardo Cavalcanti ainda avalia que, no longo prazo, a profissão se tornará ainda mais valorizada. "A projeção do crescimento da demanda por engenheiros nos próximos anos é maior do que a projeção de formação por nossas universidades", avalia. E conclui: "Ou seja, daqui a poucos anos, o trabalho de bons engenheiros valerá ouro", anuncia.