Resultado deixa o Bahia a dois pontos do G-6
O Bahia tinha a maior sequência invicta do momento no Campeonato Brasileiro. Tinha. neste sábado, 21, a série de nove jogos sem derrota caiu com o revés por 2 a 1 para o Corinthians, em São Paulo.
O resultado veio numa partida polêmica, com decisões questionáveis do árbitro Dewson Freitas, que deixou de dar um pênalti para o Tricolor. O time, em compensação, teve a favor uma penalidade duvidosa assinalada.
No fim, o resultado deixa o Bahia a dois pontos do G-6, zona que dá vaga à Pré-Libertadores de 2020. Já o Corinthians pulou para a quarta posição. Na próxima rodada, o Esquadrão tenta o triunfo após duas rodadas sem sucesso. Quarta-feira, às 21h30, recebe o Botafogo na Fonte Nova.
Início preocupante
Nos primeiros minutos, o Corinthians deu a impressão de que passaria o trator por cima do Bahia. Pressionado a jogar um futebol mais ofensivo, pedido específico de torcedores em protestos durante a semana, o Timão foi para cima e acertou a trave em suas duas jogadas inaugurais de maior perigo.
Aos três minutos, Pedrinho avançou pela direita e cruzou rasteiro para Clayson, que só parou no poste esquerdo. Aos oito, Pedrinho lançou por cima, Clayson ajeitou e Sornoza bateu de primeira para carimbar a trave direita. No minuto seguinte, o Bahia até conseguiu encaixar um bom contra-ataque, com Élber. Ele tocou para Ronaldo, que acionou Gilberto, mas o artilheiro isolou em tentativa da entrada da área.
Mas o domínio era total do Corinthians. Aos 12, Clayson dominou bola limpa dentro da área e ajeitou para Sornoza chutar por cima. A equipe paulista encontrava espaços pelas laterais e os atacantes superavam os zagueiros tricolores nas disputas na área.
No entanto, o Bahia conseguiu se acertar após a blitz inicial. Deixou de sofrer tanto e até levou perigo na frente, sempre com Élber como protagonista. Aos 24, Artur tocou de calcanhar para Flávio, que cruzou para o camisa 7 finalizar por cima da meta.
Depois, aos 35, Élber arrancou e foi derrubado na área por Ralf. Inicialmente, o árbitro Dewson Freitas mandou seguir. Mais tarde, chamado pelo VAR para conferir o lance no monitor, manteve a decisão.
Já nos minutos finais, tomou atitude diferente quando convocado a conferir um toque na mão (evidente) de Juninho, após cruzamento de Ralf. Bola na marca da cal. Vagner Love, aos 43, converteu o pênalti e o Timão foi ao intervalo em vantagem. Justo pelo desempenho, apesar do relativo equilíbrio na partida (o Corinthians teve 53% de posse de bola e 10 finalizações, seis a mais que o Bahia), injusto pelo favorecimento da arbitragem ao Alvinegro.
Só que ainda tinha muita coisa a acontecer. O VAR entraria em ação novamente e compensaria (em parte) o prejuízo que teve o Tricolor na etapa inicial. O ‘em parte’ foi usado porque a chance que o Esquadrão teria de abrir o placar mudaria a história da partida, e também porque o pênalti marcado a favor do Bahia, aos 14 minutos, foi duvidoso, discutível, não inexistente.
Após lançamento de Artur, Clayson dividiu com Gregore e a bola quase encobriu Cássio, que conseguiu espalmar. Ficou a dúvida se o corintiano acertou ou não a perna do volante tricolor, mas Dewson Freitas, chamado pelo VAR, assinalou a penalidade depois de uma longa revisão. Gilberto, já aos 18 minutos, cobrou e marcou seu 11º gol, consolidando-se como vice-artilheiro da competição.
A partir desse lance, o jogo ficou amarrado, com muita reclamação e interrupções. E aí, num lance isolado, aos 30, o Corinthians definiu o triunfo. Pedrinho lançou Clayson, que tirou de Douglas. Nino até teve a chance de cortar, mas errou e o mesmo Clayson empurrou para a rede. O técnico Roger ainda tentou lançar o time à frente nos minutos derradeiros, com as entradas de Guerra, Fernandão e Arthur Caíke, mas nada de relevante foi construído.