Baianas querem que a solicitação chegue também ao presidente da Fifa, Joseph Blatter
Um grupo da Associação de Baianas de Acarajé e Vendedoras de Mingau (Abam) aguardou a chegada da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta sexta-feira, 5, durante a inauguração da Arena Fonte Nova para entregar uma petição com mais de 15 mil assinaturas solicitando a venda do quitute no entorno e, principalmente, dentro do estádio naas partidas. Em protesto, as baianas montaram tabuleiros e distribuíram acarajés gratuitamente para as pessoas que transitavam no entorno da Arena.
De acordo com a presidente da Abam, Rita Santos, o esquema de "plantão" à espera da presidente deu certo. O documento foi entregue ao assessor da Secretaria Geral de Relações Político Sociais, José Claudionor Vermohler, o Zeca, que garantiu encaminhar para a presidente.
"Entregamos a petição ao assessor da presidência e solicitamos que Dilma intervenha por nós junto à Fifa. Mas descobrimos hoje que o problema não é com a federação, mas com os dirigentes locais. Soube, através de uma entrevista concedida por um diretor da Arena Fonte Nova, que o novo estádio foi construído sem pensar no espaço para as baianas lá dentro", comentou Rita.
As obras da Arena Fonte Nova seguem o projeto elaborado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), que informou não haver espaço reservado dentro do estádio para a comercialização de acarajé por questões de segurança. No entorno da Arena, não há problemas, contudo, pode haver risco de acidentes com o material utilizado.
Segundo a assessoria da Setre, na entrevista coletiva realizada na última segunda, 1º, na apresentação da Arena à imprensa, o próprio comandante da Polícia Militar (PM-BA), Alfredo Castro, comunicou que não é permitido o uso de bujão de gás e tachos quentes para evitar que ocorram acidentes, em razão do grande número de pessoas no evento. Nos dias de jogos, os alimentos serão vendidos por um restaurante e 38 quiosques, escolhidos pela própria Fifa.
As representantes da Abam terão uma reunião marcada na Secretaria de Relações Internacionais (Serin) na próxima terça-feira, 9, às 10h, para tratar do assunto junto ao órgão e tentar resolver o impasse.