O jogador belga De Bruyne pediu que o italiano deixasse o gramado da Fonte Nova
O turista italiano Mario Ferri, 27 anos, detido pela polícia na terça-feira, 1º, após invadir o gramado da Arena Fonte Nova na partida entre Bélgica e Estados Unidos, terá que deixar o País em, no máximo, três dias. Caso não cumpra a determinação, ele pode ser preso e deportado. A informação, veiculada nesta quarta, 2, não foi confirmada pela Polícia Federal na Bahia.
De acordo com o delegado Tiago Sena, chefe de comunicação social da instituição, a Polícia Federal está acompanhando o caso e não pode comentá-lo porque ainda não foi concluído. Mario Ferri foi detido após a partida, pagou fiança no mesmo dia e foi liberado.
Ele acompanhou ao início da partida em uma cadeira de rodas, na área de deficientes, mas não tem deficiência física. Por conta disso, ele foi indiciado por estelionato.
Aos 19 minutos, Ferri levantou da cadeira invadiu o gramado, até ser retirado pelos seguranças da partida. Na invasão, ele exibiu uma camisa que trazia as mensagens "save favelas children" (salvem as crianças das favelas, em tradução livre) e "Ciro vive".
A segunda mensagem presta uma homenagem ao torcedor italiano Ciro Esposito, que morreu no mês passado após passar 50 dias internado por conta de uma briga entre torcidas na Itália.
Invasor profissional
Esta não foi a primeira vez que Mario Ferri invadiu uma partida de futebol. Ele começou em 2009, quando entrou em campo no amistoso entre Itália e Holanda, pedindo a convocação do atacante italiano Antonio Cassano.
Na Copa do Mundo de 2010, ele entrou em campo na partida Alemanha e Espanha. Ainda em 2010, ele voltou a invadir o campo, desta vez em uma partida do Campeonato Italiano de futebol.
No mesmo ano, invadiu o campo na final do Mundial de Clubes, entre Internazionale e Mazembe. Nesta ocasião, ele usava uma camiseta com o slogan "Free Sakineh", em protesto contra a condenação a morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani.
*Colaborou Franco Adaílton