Atletas franceses fazem reconhecimento do gramado na Arena Fonte Nova
Se uma banda quer chegar no topo do estrelato, é obrigação caprichar caso cante um dia no Madison Square Garden, nos EUA. Um pintor que não capricha no quadro, nem adianta sonhar com o Museu do Louvre, em Paris. O mesmo acontece com quem joga na Arena Fonte Nova durante a Copa. Nesta sexta-feira, 20, é obrigação de Suíça e França transformar o confronto em mais um espetáculo.
O torcedor em Salvador ficou mal acostumado. Em dois jogos no estádio baiano, uma média de cinco gols por partida. No primeiro, a Holanda despachou a Espanha por 5 a 1. Alguns dias depois, foi a vez da Alemanha sapecar 4 a 0 na Portugal do craque Cristiano Ronaldo.
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A França tem tudo para manter a escrita da Fonte Nova. Na primeira rodada, goleada de 3 a 0 diante da Honduras. Para o técnico francês Didier Deschamps, a tarefa será árdua, mas vai tentar entreter o público de logo mais com muita emoção.
"Espero muito que possamos fazer um espetáculo. Os torcedores pagam para ver isto. Todos querem ver gol. Porém, não posso prever se teremos tantos gols como nos jogos anteriores. A Fonte Nova abrigou dois espetáculos, de fato. Porém, sabemos que existem jogos emocionantes, mas que terminam 0 a 0. Tentaremos honrar o que acontece aqui", disse Didier.
Do lado vermelho, levando em consideração a estreia, não é de se esperar um espetáculo suíço nesta sexta. O triunfo de virada sobre o Equador, por 2 a 1, só veio nos minutos finais. O técnico Ottmar Hitzfeld garante que a má exibição ficou para trás. "Estávamos nervosos por conta da estreia. Depois do primeiro jogo, vamos melhorando, e espero dessa vez assumir o controle da partida", afirmou.

Suíços brincam com o sistema de irrigação da Fonte Nova (Foto: Raúl Spinassé | Ag. A TARDE)
O principal destaque é um camisa 10: Shaqiri. No ataque, Seferovic tem histórico de artilheiro. Ainda assim, a Suíça tem fama de equipe 'retranqueira'. O treinador alemão prevê um embate bonito, mas não de muitos gols. "Veremos se vão acontecer muitos gols... São seleções que atacam bem, que defendem bem, então em termos táticos será um bom jogo. Mas teremos que esperar o final do jogo para saber", comentou.
Favoritos
Todos prometem espetáculo, mas ninguém quer assumir o favoritismo. No lado francês, Didier Deschamps joga a responsabilidade para os suíços. Para ele, não é a toa que a terra do chocolate esteja em sexto no ranking da Fifa.
"A Suíça tem muita qualidade. A Copa do Mundo é de altíssimo nível e não existe partida fácil. Não posso dizer quem é o favorito no jogo. O que sei é que a Suíça foi escolhida como cabeça de chave do grupo", pregou Didier.
Hitzfeld reconhece o bom momento suíço, mas também prefere não cantar de galo. "Respeito o oponente, e acho que merecemos respeito pelo que conquistamos. De fato, a França teve dificuldade de se classificar, mas melhorou muito. Acho que estamos no mesmo nível em campo", considerou.
