O piloto de Fórmula 1 Robert Kubica (Lotus Renault), que neste domingo, 6, sofreu um acidente em uma pista de rali perto de Gênova, ficou gravemente ferido e os médicos estão tentando restabelecer as funções de sua mão direita, anunciou seu empresário Daniele Morelli. "Os cirurgiãos estão tentando fazer com que recupere as funções, disse Morelli em entrevista à imprensa no hospital Santa Corona de Pietra Lígure, onde o piloto está internado.
"Já revascularizaram a artéria e reduziram as fraturas; agora têm que pensar nas funções musculares. Robert tem um temperamento forte e tudo correrá bem, disse, explicando que os pais do piloto devem chegar ao hospital ainda neste domingo. Um pouco antes, a escuderia anunciou em um comunicado que o piloto sofreu múltiplas fraturas, pelo que, muito provavelmente, estará de fora no começo da temporada.
"Após fazer exames médicos exaustivos, foram diagnosticadas múltiplas fraturas no braço direito, na perna e na mão, disse a Lotus Renault em um comunicado, explicando que no momento o piloto se encontrava na sala de cirurgia. Segundo os médicos, seu prognóstico é reservado. No hospital, Morelli recebeu o apoio de um grande amigo de Kubica, o piloto espanhol Fernando Alonso (Ferrari), que foi ao local para saber sobre o seu estado.
Kubica, de 26 anos, um apaixonado por rali, pilotava um Skoda Fabia da equipe DP Motosport, um carro mais potente que o Renault Clio R3 que dirigiu ano passado nos ralis de Montecarlo e Var (França). O carro saiu da pista em grande velocidade e se chocou contra o muro de uma pequena igreja. O piloto precisou ser retirado do automóvel, enquanto seu co-piloto, Jacub Gerber, saiu ileso do acidente.
Kubica foi transferido de helicóptero ao hospital Santa Corona de Gênova. O choque aconteceu na cidade de San Lorenzo e, segundo a imprensa italiana, teria sido causado pela raiz de uma árvore e a pista escorregadia da estrada, com o Skoda perdendo aderência numa curva. Kubica, que disputou a primeira corrida profissional na Hungria em 2006, já teve um acidente no Grande Prêmio do Canadá de 2007, quando sua BMW Sauber beteu em outro carro, a mais de 250 quilômetros por hora e terminou contra uma parede de cimento.
Na época, ele sofreu comoção cerebral, mas poderia ter sido muito pior. Só não foi porque foram reforçadas as normas de segurança na Fórmula 1, depois da morte trágica do piloto brasileiro Ayrton Senna em 1994. O piloto polonês, nascido na Cracóvia, não disputará muito provavelmente o Grande Prêmio de Bahrein de 13 de março próximo, que abre a temporada de Fórmula 1 2011.
Também é pouco provável que se recupere para os Grandes Prêmios da Austrália (27 março), Malásia (10 de abril) ou China (17 abril). O diretor da Lotus Renault, Eric Boullier, disse estar extremamente triste pelo acidente e não quis se pronunciar sobre um substituto. É um pouco indecente e muito cedo para pensar nisso, afirmou. O brasileiro Bruno Senna ou o francês Romain Grosjean poderiam substituir o polonês.