Em encontro com o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, e o vice-presidente Gilberto Bastos, na última segunda-feira, o governador Jaques Wagner finalmente esclareceu o que pretende fazer com o Estádio de Pituaçu. Provavelmente, a partir de 21 de janeiro, o tricolor poderá utilizar a praça esportiva como seu mando de campo. Mas, quanto à cessão definitiva do estádio, só ocorrerá por meio de uma licitação, na qual o clube poderá concorrer.
“Só estou aguardando o posicionamento da Conder se há algum impedimento legal. Até lá não estarão colocadas todas as cadeiras plásticas, mas toda a parte de luz, de campo e de vestiário já foram testadas”, falou Wagner, sobre entregar o estádio no dia 21.
Ceder Pituaçu será uma outra história. “Sobre a cessão do estádio, eu disse ao presidente do Bahia que aquele é um patrimônio público e que estamos estudando a possibilidade de transferir para a iniciativa privada a gestão do estádio”, explicou.
E acrescentou: “O mando de campo já é do Bahia, ficou combinado que toda gestão de portaria e tudo mais nos dias de jogos, ficará sob a responsabilidade do Bahia. E uma eventual concessão está sendo analisada pela Sudesb. Se for acontecer, ela irá para licitação pública e, portanto, o Bahia pode se credenciar, mas tem que apresentar uma proposta consistente porque aquilo não é patrimônio do governador, é dinheiro público”.
Wagner procurou passar a idéia de que não vai entregar de “mão beijada” o remodelado estádio na Paralela. “Tenho o maior interesse em alavancar o esporte na Bahia, mas não posso fazer graça com dinheiro público. Então, devemos abrir licitação e, se o Bahia se credenciar, Deus queira que ele ganhe para ter um campo com aquela qualidade para inspirar seu time, sua torcida e a gente inclui-lo na primeira divisão, onde o Vitória já está”.
“Sou Bahia, já disse isso, mas na cadeira de governador é preciso equilíbrio. Na conversa que eu tive com os dirigentes do Bahia, nós fechamos o compromisso do mando de campo, quando a gestão do estádio for do Bahia”, completou.
Compromisso - A democratização do Esporte Clube Bahia também foi colocada em pauta. “Os dirigentes do Bahia vieram colocar seus planos para a recuperação do clube, o esforço que pretendem fazer seja na melhoria da qualidade do time, seja na melhoria da qualidade de gestão do próprio clube e também na democratização que é um compromisso deles de migrarmos para a eleição direta. Pelo menos foi o que ambos me disseram”.
“Este é um equipamento que vai orgulhar a praça de esportes que hoje temos na Bahia, é um equipamento que nunca tivemos, absolutamente moderno. Vou ter que providenciar mais um viaduto, porque aquele que corta a Paralela não segura o tráfego, tem uma duplicação da Av. Pinto de Aguiar, duas passarelas a serem construídas.
Mas, no dia 21 de janeiro, o campo estando pronto, é fazer uma parceria com a Polícia Militar e a SET para organizar a travessia, porque o estacionamento será no Centro Administrativo, para evitar qualquer tipo de transtorno. Da minha parte, acho que a torcida do Bahia já sofreu demais com a falta de campo e, portanto, ele estando em condições, mesmo sem as cadeiras completas, nós vamos autorizar”, concluiu.