Apesar de especialista na categoria dos Médios, na qual conquistou o cinturão do UFC, o brasileiro Anderson Silva sempre teve grandes performances quando lutou pelos Meio-Pesados. Por isso, a expectativa do público carioca para este sábado, 13, quando Anderson enfrenta Stephan Bonnar pelo UFC Rio 3, é de mais um show do campeão.
Em sua última luta pela categoria - pelo UFC 101, em agosto de 2009 -, por exemplo, Anderson ofereceu aos amantes do MMA um verdadeiro espetáculo: nocauteou Forrest Griffin ainda no primeiro round, após uma sequência de esquivas e socos com a guarda baixa. A performance é considerada até hoje uma das melhores do brasileiro no octógono, e foi lembrada no trailer produzido para a luta deste sábado.
O ídolo, no entanto, prefere a cautela. Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 11, no Rio de Janeiro, Anderson minimizou a importância do espetáculo, e disse que sua maior preocupação é voltar inteiro para casa. "Eu treino, faço minha parte, mas o resultado final é uma coisa que pode ser injusta. Você pode treinar o máximo, mas se cometer um erro... Então meu principal foco é voltar inteiro para casa", afirmou.
O campeão dos Médios garantiu que sabe lidar com a pressão e a cobrança de vencer todas as lutas, mas lembra ao público que não é invencível. "Acho que é normal sentir a pressão quando você se torna o cara a ser batido. Mas vitória e derrota andam lado a lado e, enquanto eu lutar, posso ser derrotado. Eu treino para não ser surpreendido por uma técnica melhor que a minha, e é isso que vou levar para o octógono no sábado", comentou, mostrando serenidade.
"Fora de cogitação" - Quando perguntado se o seu retorno aos Meio-Pesados pode significar o aquecimento para uma futura "superluta" contra o campeão Jon Jones, Anderson nega veementemente: "Existem muitas possibilidades de luta, mas entre mim e o Jon Jones é uma que está fora de cogitação. Meu peso normal é de 100 kg, mas não tenho a pretensão de lutar pelo título do Meio-Pesados. Temos o Rogério Minotouro, o Fábio Maldonado e o Rafael Feijão para isso", rebateu.