Dezenas de medalhistas em competições de alto nível lutarão em Salvador
A Arena do Campeonato Mundial de Judô, que poderá receber até 1.800 pessoas durante o campeonato no próximo final de semana, receberá uma competição cuja importância já fala por si só. No entanto, a quantidade de medalhistas em torneios de primeira grandeza ratifica o alto nível da disputa e empolga os amantes do esporte, que poderão assistir diversas feras em ação pela primeira vez na capital baiana.
Sete atletas que faturaram medalhas nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos estarão presentes. Destes, três são brasileiros: Ketleyn Quadros, bronze em Pequim-2008; Rafael Silva, o Baby, e Sarah Menezes, bronze e ouro em Londres-2012, respectivamente. Entre os outros donos das preciosidades olímpicas, destaque para o uzbeque Rishod Sobirov (categoria até 66kg), bronze tanto na China como na Grã-Bretanha. Completam a lista Alexander Mikhailin, da Rússia, prata em Londres e os japoneses Masashi Ebinumae Masashi Nishiyama, ambos bronze na última Olimpíada.
Segundo dados apurados pelo ESPORTE CLUBE, há 36 atletas que já conseguiram alguma medalha em campeonatos mundiais, seja nas categorias sub-17, sub-20 ou adulto, assim como também no formato por equipes. Do Brasil, sete já conseguiram medalhas em alguma dessas competições: Leandro Cunha, Victor Penalber, Henrique Silva, Rafael Silva, Sarah Menezes, Flávia Gomes e Rafaela Silva.
Na faixa - Esse punhado de lutadores de alto nível fará a alegria de um público diverso. A criançada que curte o esporte, por exemplo, está radiante. Que digam os alunos do professor Tiago Aires, na Academia Action, na Pituba, que assistirão às disputas do próximo final de semana. Sempre que houver algum intervalo entre as lutas, a garotada correrá atrás dos desejados autógrafos de seus ídolos. No entanto, a tão tradicional dupla bloquinho e caneta não faz sucesso entre eles. "Eles não levam bloquinho ou caderno.
Pedem autógrafos nas faixas e já levam uma caneta piloto para isso", explicou Aires, que calcula contar com cerca de 20 alunos na Arena. A predileção, naturalmente, se dá pelos brasileiros. "Do Brasil, o nome que vai ser mais procurado será o de Sarah Menezes, porque ela é campeã olímpica", explica Aires.
Outra faceta - A molecada também poderá conhecer a disputa no formato coletivo, menos comum que o formato individual. Das sete categorias olímpicas individuais, apenas cinco lutam neste modelo (não há ligeiro nem meio-pesado). A cada rodada, todos os cinco pesos se enfrentam, com cada triunfo dando um ponto para a equipe vencedora. Não há empate, há prorrogação com morte súbita "golden score" e, em seguida, decisão dos juízes.