Presidente do UFC, Dana White (E), ao lado do diretor-geral Lorenzo Ferttita em coletiva
O Ultimate Fighting Championship (UFC) prometeu adotar um novo protocolo a partir do dia 1º de julho deste ano para intensificar o combate ao consumo de substâncias ilícitas que vierem a ser utilizadas pelos atletas da organização.
Em uma entrevista coletiva realizada no Red Rock Casino Resort, em Las Vegas, nesta quarta-feira, 18, o presidente do UFC, Dana White, o diretor-geral Lorenzo Ferttita, e outros mandatários da organização relataram os futuros planos que serão adotados para fiscalizar os lutadores em caso de doping.
Uma das inciativas é que, ao menos, serão realizados três testes anuais em todos os atletas contratados pela organização, através da parceria com a USADA (United States Anti-Doping Agency) e outras agências reguladoras no mundo.
Outra é a aplicação de testes surpresa em lutadores, estimando que todos sejam testados incessantemente e, principalmente, que tenham seus resultados divulgados antes dos eventos nos quais lutarão. Logo, todos os contratados pelo UFC estarão sujeitos a testes, independentes de ter luta marcada ou não.
Segundo dados oficiais do UFC, o circuito organizou 79 eventos entre 2013 e 2014. Foram 900 antidoping nesse período, com um custo de US$ 500 mil.
"Com o aumento significativo do número de testes, vamos envolver outros milhões de dólares nisso. Mas somos a favor de um controle incisivo, e além disso, talvez mais importante, somos favoráveis a suspensões longas", avisou Fertitta, diretor-geral do UFC.
A decisão tomada pela principal organizadora de MMA do mundo ocorre após os lutadores Anderson Silva e Nick Diaz serem testados positivos em exames antidoping.
Além deles, Jon Jones, Hector Lombard e Ashlee Evans-Smith foram flagrados por uso de substâncias proibidas em testes feitos pelas comissões atléticas americanas no mês passado.
Sobre Anderson Silva
Os mandatários do UFC preferiram tratar com cautela o assunto sobre o caso Anderson Silva. O brasileiro foi pego duas vezes em exames antidoping realizados nos dia 9 de janeiro, e no dia da luta contra Nick Diaz - 31 de janeiro.
"Por enquanto, existe um processo jurídico instalado. A comissão atlética marcou uma audiência, e ele poderá apresentar sua defesa. Ele poderá se posicionar, e aí veremos o que poderá acontecer", disse Lorenzo Fertitta, diretor-geral do UFC.
"Anderson ainda é um grande campeão e um grande atleta. Ele teve uma grande carreira e deverá se manter nesse padrão, e isso independe do que a comissão atlética vai decidir", completou.