Atletas que disputarão o Baianão formam um misto de experiência e juventude; atletas da Copinha podem ser aproveitados | Foto: Renan Oliveira | EC Jacuipense
Rafael Bastos, de 35 anos, e Danilo Rios, 31, são os principais destaques do Jacuipense para o Campeonato Baiano 2020. No entanto, a equipe de Riachão do Jacuípe se intitula como um clube de formação. “Vamos ser assim até quando a gente estiver na Série A. O Jacuipense é um time de formação. O nosso objetivo é formar jogadores para vender”, afirmou o presidente, Gegê Magalhães.
Segundo o diretor de futebol, Gustavo Zacharias, o atual campeão baiano na categoria sub-17 possui 50% de seus jogadores vindos da base. Neste ano, após uma participação honrosa na Copinha – foi eliminada na primeira fase, mas venceu por 8 a 2 o Carajás – mais dois atletas sub-20 devem incorporar o elenco. Ainda assim, a idade não é uma preocupação na hora de contratar. “Queremos jogadores técnicos, com qualidade de passe. A questão da idade não impacta muito na nossa decisão. O que estiver disponível no mercado, dentro das características que a gente quer, trazemos para cá”, comentou Gustavo.
E, com essa mistura entre experiência e juventude, o Jacuipense pretende melhorar a campanha em relação a anos anteriores. Tanto em 2018 como em 2019, a equipe começou mal a temporada, e só engrenou no final da primeira fase. “Estamos conversando sobre a parte psicológica dos jogadores. Se a gente conseguir arrancar e vencer os dois primeiros jogos, temos grandes chances de terminar entre os quatro. Como nossa pré-temporada está sendo uma das mais bem feitas, com mais antecedência, o time está jogando muito bem. Os amistosos estão sendo excelentes para a preparação”, contou Gegê.
A melhor participação foi em 2017, quando conquistou uma quinta colocação na classificação geral. O clube já está na Série A do Baianão desde 2013. No ano passado, terminou na sétima colocação, com três vitórias, um empate e cinco derrotas, o que totalizou dez pontos conquistados.
Ascensão
Após boa campanha na Série D do ano passado, o Jacuipense conquistou vaga para a Série C, e já montou o time pensando na competição nacional. Para o ano, o clube terá um orçamento de aproximadamente R$ 1,5 milhão. A folha salarial, que era de R$ 70 mil, atualmente está entre R$ 100 e R$ 150 mil. O principal destaque nas contratações foi o meia Rafael Bastos, que já atuou por Bahia, Cruzeiro, e chegou a jogar em centros internacionais, como Europa e Ásia. Em 2019, pelo Juventude, atuou em 14 partidas e marcou dois gols. O Alviverde de Santa Catarina disputou, nacionalmente, a Série C e a Copa do Brasil.
Ao lado de Danilo Rios, 31, que renovou o contrato, Rafael deve formar o meio-campo. Danilo, inclusive, é outro que tem passagem por clubes importantes do futebol brasileiro: Bahia, Grêmio e Atlético Mineiro. No Jacuipense, no ano passado, fez 13 jogos e marcou dois gols.
Para fechar o elenco, de acordo com o presidente Gegê Magalhães, faltam apenas duas coisas. “Queremos trazer mais um zagueiro, com mais experiência e bagagem, e um atacante. Nossa zaga é muito boa, mas precisamos de um jogador com essas características. E falta um matador”, revelou ao A TARDE.
Impasse resolvido
Com dificuldades envolvendo a Federação Baiana e a Prefeitura de Riachão de Jacuípe, o Jacuipense não tinha certeza de onde disputaria o Baianão até dezembro do ano passado. Isso porque a gestão do município não havia entregado os documentos para a licitação do estádio Eliel Martins, o Valfredão, com capacidade para 5 mil pessoas – o que já foi resolvido.
Em 2019, o time teve a segunda pior média de público do Baiano. Com 1.047 pagantes por jogo, ficou à frente apenas da Juazeirense, que teve 418. O jogo com mais pessoas foi contra o Jequié (1.367). O que teve mais renda foi contra o Bahia (R$ 30.990).
*Sob Supervisão do editor Daniel Dórea