Organizadores apresentam obras dos Jogos à imprensa
Em tour guiado pelo Comitê Organizador do Rio 2016, 300 jornalistas - sendo 160 estrangeiros de 26 países diferentes - em um comboio de oito ônibus visitaram obras de instalações olímpicas e paralímpicas, na quarta-feira, 6, no Rio de Janeiro. A reportagem de A TARDE participou do giro que passou por três das quatro zonas de competição dos jogos de 2016 (Deodoro, Maracanã e Barra).
Em Deodoro, os jornalistas tiveram acesso somente a equipamentos que já existiam, como o Centro Nacional de Tiro e o Centro Nacional de Hipismo, instalações feitas para o Pan-Americano do Rio de 2007. Por outro lado, nenhum sinal das obras do estádio Olímpico de Canoagem Slalom, Centro Olímpico de BMX, Arena Deodoro, Centro Nacional de Híquei sobre Grama e outras de infra-estrutura.
"Não há motivo para preocupação. Deodoro tem 60% das instalações permanentes já prontas, feitas para o Pan de 2007 e os Jogos Militares", minimizou Joaquim Carvalho, presidente da Empresa Pública Olímpica, criada para coordenar a execução das atividades e projetos municipais relacionados à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Gerente das obras em Deodoro pelo Comitê Organizador do Rio 2016, o canadense Mike Laleune não esconde a preocupação ao fazer uma conta diferente e constatar que, no geral, considerando também as estruturas temporárias que serão feitas, a zona em questão tem apenas 33% de progresso.
O próprio prefeito do Rio, Eduardo Paes, já manifestara certa preocupação com o atraso na área, tido como o mais problemático. A carteira de projetos olímpicos mostra que as obras do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, por exemplo, estão previstas para terminar no primeiro trimestre de 2016.
Mais tardia será a finalização da Arena Deodoro, prevista para o segundo trimestre do mesmo ano. Como os atrasos clássicos nas obras da Copa do Mundo de 2014 vêm se repetindo também na organização dos jogos, vale a preocupação, visto que a Olimpíada começa em 5 de agosto. O tour com os jornalistas esteve também no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, que fica na Zona Maracanã e passa por adequações. Não há previsão sobre o término das obras.
Já no Parque Olímpico da Barra é possível ver, efetivamente, um autêntico e movimentado canteiro de obras no espaço que tem um milhão de metros quadrados. Muitas das edificações já começam a brotar do chão, como o Centro Olímpico de Tênis, os quatro pavilhões olímpicos (que sediarão competições de basquete e outras modalidades) e o IBC (International Broadcast Center) - prédio de controle que recebe imagens de todos os locais e distribui para as emissoras com direito de retransmissão dos jogos.
As 31 torres da Vila Olímpica, também localizada na Zona da Barra, estão em fase adiantada De acordo com o Comitê Rio 2016, 55% das obras para os jogos estão finalizadas. "Vamos conseguir fechar no prazo", assegura o presidente do Comitê, Carlos Arthur Nuzman. Ao que parece, com a mesma 'emoção' e frio na barriga pelos atrasos vividos na Copa...
*O editor viajou a convite do Comitê Organizador Rio-2016