Jogadores do Vitória treinaram no palco do jogo desta terça-feira
Quando o trabalho fica cansativo e o rendimento sofre uma oscilação, nada melhor do que refrescar a cabeça na sua casa de veraneio para retomar o caminho do sucesso. Depois de quase um ano sem visitar seu 'segundo lar', o Vitória volta a mandar um jogo na Arena Fonte Nova, nesta terça-feira, 15, contra o Mogi Mirim, às 20h30.
A casa está de portas abertas para o retorno do Rubro-Negro. Depois de diversos problemas, como a troca do escudo original no placar eletrônico e outras gafes da organização do estádio, nesta segunda, o Leão se sentiu em casa. As redes tricolores foram retiradas e o escudo (desta vez o correto) virou destaque no fundo do gol do lado do Dique.
A última vez que em o Leão atuou na Arena foi no dia 21 de setembro de 2014, no triunfo por 2 a 1 diante do Bahia. Daquele time, apenas o goleiro Gatito Fernández joga nesta terça. Como mandante, o Vitória ainda não perdeu na nova Fonte. Foram seis jogos, com três triunfos. No total, jogou 13 vezes, com quatro derrotas, três para o rival e uma para o Botafogo-BA. Apesar dos reveses pontuais, as memórias são bem mais alegres que tristes.
Logo na reinauguração do estádio, no dia 7 abril de 2013, o Vitória se mostrou bem à vontade. Meteu 5 a 1 no Bahia num ano que teve a histórica goleada por 7 a 3 sobre o Tricolor no mesmo local.
Apesar de boa parte da torcida não gostar de trocar o Barradão pela Fonte, o Vitória vê com bons olhos esta reaproximação. Três aspectos são determinantes, pelo menos na versão do clube, para retornar ao seu segundo reduto. A diretoria confirma que a escolha foi visando ao lucro, pois o retorno financeiro seria bom em comparação com a renda de uma partida no Barradão.
Mesmo no G-4 há 12 rodadas consecutivas, o público não tem acompanhado o rendimento do time em campo. A média de pagantes na Série B é de 9.483. Nos seis jogos que o Leão mandou na Fonte, a média foi de 20.592.
Na Fonte, além do valor pago pela Arena, não revelado pelo Vitória, o clube espera uma melhor presença da torcida por diversos fatores, entre eles a mobilidade. Até o metrô funcionará para o torcedor.
"A decisão de jogar na Fonte foi da diretoria. Eu respeito muito a opinião daqueles que gostam de jogar no Barradão, mas eu também gosto de atuar na Arena. Pela grandeza da camisa do Vitória, podemos atuar algumas vezes aqui. Beneficia também aquele torcedor que mora distante do Barradão e encontra dificuldades em comparecer aos jogos", opinou o técnico Mancini.
Preparação para o Ba-Vi
Além da mobilidade do torcedor e do retorno financeiro, o técnico Mancini não esconde um propósito ainda maior: o Ba-Vi. O Clássico, com mando do Bahia, está marcado para o próximo dia 3 de outubro, na Fonte.
"Lógico que também serve como reconhecimento para alguns atletas que não conhecem a Arena, uma preparação para o clássico. Vamos nos habituar", completou ele. De fato, alguns atletas precisam conhecer melhor a Fonte. O meia Pedro Ken chegou a se perder nos corredores do estádio e só conseguiu entrar em campo quando o treino já havia começado.