Portuguesa x Vitória_Copa do Brasil
Difícil dizer até que ponto foi ressaca ou desgaste decorrente da final do Campeonato Baiano, realizada no domingo passado e que deu o título ao Rubro-Negro. Ou então se foi preguiça diante de uma partida menos atrativa. Ou até mesmo se foi uma mistura disso tudo. O fato foi que, mesmo visivelmente sendo um time mais técnico do que o adversário, o Vitória ficou no 0 a 0 com a Portuguesa na noite de quarta-feira, 11, no Canindé, em São Paulo, pelo duelo de ida da segunda fase da Copa do Brasil.
Ao longo dos 90 minutos, o Leão não apresentou muito apetite. No ataque, esteve discreto. Titulares da equipe, Vander e, principalmente, Kieza, se movimentaram menos do que o habitual. Já Alípio, que atuou no lugar de Marinho, procurava, em boa parte dos lances, uma jogada de efeito, talvez por sentir-se pressionado a alcançar a titularidade. Acabou desperdiçando boas oportunidades no jogo.
De qualquer forma, foi dele a melhor jogada do time na partida. Aos 16 minutos do primeiro tempo, pela ponta direita, deu belo drible no marcador, foi à linha de fundo e cruzou na medida para Vander, que bateu na rede, mas pelo lado de fora.
No meio, Amaral e Marcelo limitaram-se a ficar na marcação. Tiago Real foi o único a distribuir a jogo com eficiência. Em um belo lance, aos 24 ainda do primeiro tempo, deu excelente passe para Diego Renan, que cruzou rasteiro. O zagueiro Guilherme Almeida se antecipou a Kieza para cortar a bola e evitar o gol.
Na defesa, o Vitória só não teve maiores problemas graças à atuação segura de Victor Ramos e a uma grande defesa do goleiro Wallace, que salvou gol certo após cabeçada de Guilherme Almeida em cruzamento do lateral esquerdo Cesinha, aos 42.
Em outra bola alçada com perigo na área rubro-negra, aos 14 minutos já da etapa final, foi a vez do outro zagueiro, Talis, cabecear forte. Wallace defendeu com firmeza, no centro do gol.
Faltando 25 minutos para o fim, o técnico Vagner Mancini tentou dar vida nova ao Vitória. Vander e Alípio saíram para as entradas de David e William Henrique.
Dali até o apito final, o Leão só ameaçou quando William Henrique levantou uma bola na área e Kieza cabeceou para fora, aos 28, e na falta que Diego Renan cobrou raspando a trave, aos 43. Pouco para um time de Série A do Campeonato Brasileiro e que duelou com um de Série C que, neste ano, por pouco não caiu para a Terceira Divisão paulista.
Retornos
Agora, o Vitória volta suas atenções para o Brasileirão. Domingo, às 11h, em Recife, estreia contra o Santa Cruz.
A expectativa fica pelos retornos do atacante Marinho e do volante William Farias, que foram não jogaram na quarta por problemas físicos, e do meia Leandro Domingues, que, na quarta, renovou contrato até o fim do ano.
Outra novidade será o zagueiro Kanu, que, após participar da campanha do acesso em 2015, foi para o futebol belga. Há duas semanas, foi repatriado pelo Leão. Na quarta, teve seu contrato regularizado na CBF e já está à disposição do técnico Vagner Mancini.