Resultado deixa o rubro-negro baiano na vice-lanterna
Jogando de forma apática, com muitos erros e sem se impor ofensivamente, o Vitória sucumbiu neste domingo, 17, diante do São Paulo, no Barradão, por 2 a 1, viu o adversário passar à frente na tabela e afundou na vice-lanterna do Brasileirão.
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E mais: o Tricolor Paulista se tornou o time que mais ganhou do Vitória no Barradão em confrontos pela Série A. No total, foram sete triunfos.
Em campo, o São Paulo teve mais posse de bola, foi mais ofensivo e teve as melhores jogadas – especialmente no com a entrada de Cueva.
A torcida não perdoou o novo revés em casa e criticou especialmente as substituições do treinador Vagner Mancini.
O técnico optou por manter um apático Kieza em campo em vez de botar David, colocou Fillipe Soutto na posição de Caíque Sá e deu lugar aos recém-retornados de lesão Cleiton Xavier e Carlos Eduardo.
A situação do Leão fica ainda mais delicada porque o Vitória, já sem poder contar com o lateral esquerdo Juninho por um mês, pode perder o lateral direito Caíque Sá. Ele saiu de campo com dores na coxa.
O outro lateral direito de origem, Patric, está suspenso com o terceiro amarelo.
Dessa forma, Mancini se vê obrigado a improvisar jogadores na posição ou então utilizar os criticados laterais esquerdos Geferson e Thallyson contra o Atlético-MG, no domingo, às 19h, fora de casa.
Já o São Paulo respirou com o resultado e chegou aos 27 pontos. O tricolor paulista enfrenta o líder Corinthians no Morumbi, também domingo.
O jogo
O primeiro tempo foi de poucas chances para os dois times e com muitas faltas. O Vitória começou cumprindo a cartilha de dar a bola ao São Paulo, mas, errando muitos passes, não conseguia emplacar um bom contra-ataque.
No final da primeira etapa, o São Paulo teve 56% de posse de bola e chegou a finalizar 6 vezes (contra 3 do Vitória), em nenhuma delas com sucesso. Os números mostraram também o mal desempenho dos meio-campistas dos dois lados: foram 16x13 em passes errados para o Leão.
O placar só se desenhou, mesmo, no 2º tempo. Com a entrada do meia Cueva, o São Paulo se encontrou no ataque e transformou a pressão em eficiência. A resposta veio logo aos 8 minutos, quando o próprio Cueva cobrou escanteio e Éder Militão mandou para o fundo da rede. O Vitória tentou responder em seguida, com ofensiva de Yago, mas o meia mandou para fora.
O gol serviu como uma injeção de ânimo para o São Paulo e um balde de água fria para o Leão, que se perdeu no meio campo e acabou abrindo espaço para o Tricolor Paulista chegar em contra-ataques e bolas aéreas. E, após várias tentativas, aos 36 minutos, em nova cobrança de escanteio de Cueva, a bola desviou em Fillipe Soutto e acabou encontrando o gol.
Desorganizado, o Vitória buscou o empate. Conseguiu diminuir com Tréllez, que aproveitou rebote do chute na trave de Cleiton Xavier, aos 44. No fim, o time esbarrou mesmo foi em seu meio-campo engessado, ataque sem criatividade e zaga sobrecarregada.
Mancini lamenta partida ruim e vê desafio na lateral
Abatido após a derrota para o São Paulo por 2 a 1, o elenco do Vitória preferiu não conceder entrevistas depois da partida. Uns poucos que fugiram à regra – Ramon e Patric – não esconderam a decepção e úsaram até mesmo palavrões para resumir o desempenho do Leão na partida.
Mais controlado, o treinador Vagner Mancini reconheceu que o Vitória fez uma partida abaixo do que vinha apresentando, mesmo em casa, e disse que o fator emocional – que ele já tinha apresentado na semana passada, no empate com o Fluminense – foi determinante para a derrota.
“No momento em que recebemos em casa um time de velocidade que tinha posse de bola, nos empurrando pra trás, o equilíbrio emocional que eu citei semana passada pesou. E quando saiu o gol pesou muito mais”, explicou.
Para Mancini, esse fator desestabilizador não será resolvido facilmente. “Esse equilíbrio eu volto a citar hoje [como motivo], e isso não se resolve em sete dias” disse.
Mancini reconheceu que as substituições acabaram não fazendo o efeito esperado.
Problema nas alas
O treinador assumiu que tem um grande desafio para o próximo domingo, contra o Atlético-MG, que é encontrar jogadores para ocupar as duas laterais do time.
“Não podemos contar com Juninho e sentimos muito a saída do Caíque Sá. Sem dúvida vamos ter que montar alguma coisa para o domingo e vamos ter que pensar ao longo da semana”, falou.