Caicedo (centro) voltou a ser titular no jogo desta terça-feira
Subiu para cinco o número de jogos em que o torcedor do Vitória não comemora um gol do time como mandante. A lista aumentou depois do empate por 0 a 0, na noite desta terça-feira, 24, diante do Atlético-GO, pela 24ª rodada da Série B. A última vez que arquibancada rubro-negra vibrou com o momento máximo futebol foi no já distante dia 10 de agosto, quando o Leão venceu o Paraná, no Barradão. De lá pra cá o time já mudou até de casa. A partida desta terça foi a segunda do time na Arena Fonte Nova.
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O tropeço fez o Vitória chegar ao terceiro jogo sem triunfos na competição. A sorte rubro-negra é que os adversários diretos na luta contra o rebaixamento também vacilaram, o que foi determinante para manter o Leão na 16ª posição, fora da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, domingo, o time baiano visita o líder Bragantino.
Terminou em vaias
Nesta terça, em sua estreia, Geninho cumpriu a promessa de que manteria a base do time que vinha sendo usado por Carlos Amadeu. O novo técnico rubro-negro promoveu apenas duas mudanças no time: a estreia do zagueiro Dedé e o retorno do atacante Jordy Caicedo, que tinha perdido espaço com o antigo treinador.
Quando a bola rolou o Atlético-GO mostrou que não é vice-líder à toa. Foram dos visitantes as primeiras jogadas criadas na Arena Fonte Nova. Nada de muito perigo, é verdade, mas era nítido que a bola era melhor tratada quando passava pelos pés dos jogadores do Dragão.
Já o Vitória apostava em jogadas mais verticais para chegar ao gol. Foi assim que o time levou perigo pela primeira vez, aos 12 minutos. Anselmo Ramon fez o pivô e passou para Wesley, que por sua vez serviu Felipe Gedoz na jogada de ultrapassagem. O camisa dez tinha pouco ângulo, mas mesmo assim tentou o chute e esteve perto de abrir o placar.
A partir dos 25 minutos a posse de bola passou a ser do Rubro-Negro, o problema é que o time não sabia muito bem o que fazer com ela. O Atlético se fechava, as vezes com os dez jogadores de linha no campo de defesa, e o Leão não conseguia achar espaços para se aproximar do gol.
No panorama que o jogo passou a apresentar, as cobranças de falta passaram a ser a principal forma do Vitória levar perigo ao gol de Kozlinski. Felipe Gedoz obrigou o goleiro adversário a fazer duas boas defesas. Aos 45 da primeira etapa o arqueiro entrou em ação mais uma vez e impediu que um chutaço do meia rubro-negro terminasse no fundo das redes.
O primeiro tempo então terminou sem gols, mesmo com as muitas tentativas de Felipe Gedoz, disparado o jogador mais participado no lado rubro-negro da partida.
Pouca coisa mudou na volta do intervalo. O cenário ainda apresentava um Vitória sem criatividade para criar chances de gol, tanto que a primeira finalização só foi acontecer aos 12 minutos. Do campo de defesa Lucas Cândido lançou Wesley já próximo da área adversária. O atacante ganhou na velocidade, mas chutou por cima do gol.
O tempo forçava o Rubro-Negro a atacar, o que abria espaço para a resposta do Dragão. O perigo ficou evidente aos 16 minutos, quando os visitantes desperdiçaram ótima chance. Jorginho avançou da esquerda e cruzou rasteiro para Rodrigo. O atacante invadiu a área sozinho, mas se enrolou com a bola e viu a redonda sobrar para Martín Rodríguez.
Geninho só fez a primeira alteração aos 25 minutos, com a entrada de Felipe Garcia no lugar de Anselmo Ramon. Caicedo passou a atuar como atacante de referência. Cansado, Felipe Gedoz deixou o campo aos 37, depois de um segundo tempo já com pouca intensidade. Chiquinho, que entrou em seu lugar, levou perigo em uma cobrança de falta, mas ninguém tirou o zero do placar.