Com 27 gols sofridos em 19 jogos, Rubro-Negro tem o status de equipe mais vazada do Brasil
Para quem é o lanterna do Brasileirão, ter o status de pior defesa da competição é apenas um tempero a mais para rechear a crise no Vitória. Com 27 gols sofridos em 19 jogos, o Leão levou dez gols a mais que o Bahia, penúltimo colocado.
De fato, a defesa tem sido a maior dor de cabeça da diretoria rubro-negra. Foi o setor que mais ganhou reforços no ano, com oito no total. Dois já foram dispensados: Rodrigo Defendi e Ferrari. No Brasileirão, o Vitória amarga uma média de 1,42 gol sofrido, por partida.
Recentemente encostado no clube, o defensor Alemão foi o quem mais viu o Vitória levando gols. Dos 11 jogos em que o zagueiro estava atuando, em apenas três o Rubro-Negro não levou gol. Sua média na função de evitar bola na rede do adversário é de 1,27, por duelo. Destes, dois gols saíram dos próprios pés de Alemão, o único jogador do clube que fez gol-contra no Campeonato Brasileiro 2014.
Entre os zagueiros que jogaram na competição, apenas dois possuem uma média de gols abaixo de um. Dão atuou em quatro jogos e viu o time levar tentos em três oportunidades. Salustiano fez 2 jogos e a equipe sofreu um gol. Já Luiz Gustavo foi o que mais atuou e esteve em campo em 55% dos 27 sofridos pelo Leão.

Problema maior
Mesmo com tantos números negativos, a defesa pode ser o menor dos problemas do Vitória. O motivo é simples. Ano passado, no mesmo número de jogos, o Leão - que ficou em 5º na Série A - levou os mesmos 27 gols no primeiro turno. Assim como este ano, só ficou sem levar gol em três dos 19 primeiros jogos. O problema, neste caso, tem outro nome: o ataque.
Em 2013, apesar de ter levado muitos gols, o Rubro-Negro conseguia balançar a rede. Foram 23 gols a favor e um saldo -4. Já na edição 2014, o setor ofensivo fez apenas 17 gols e um dividendo de 10 tentos.
Comparar o desempenho das duplas de ataque nos dois anos também comprova a falta de eficiência do Leão no setor. Em 2013, Dinei já tinha marcado seis gols no final do turno, enquanto seu parceiro, Maxi Biancucchi, era o vice-artilheiro da competição, com nove gols. Juntos, balançaram as redes 15 vezes no Brasileiro.
Este ano, Dinei conseguiu fazer quatro gols, enquanto seu colega Caio marcou cinco. São nove gols em 19 jogos. Uma média de 0,47. Ano passado, este desempenho era de 0,78.