No meio do tititi, as especulações sobre o herdeiro da era Coronel: quem será o próximo presidente?
Com a maioria dos governistas festejando os seus feitos nas urnas e os oposicionistas que se reelegeram, como Alan Sanches (DEM), soltando foguetes porque sobreviveram ‘ao tsunami’, a Assembleia vai aos poucos retomando sua rotina.
No cardápio de ontem, por exemplo, estava dito que Rui Costa vai ter problemas financeiros no fim, em dois flancos: um na própria Assembleia e outro no Judiciário, ambos sem dinheiro para pagar o 13º salário, batendo na porta do governo, que não tem.
Presidenciáveis
Se disse que para tirar a Alba do sufoco financeiro seria necessário demitir os 600 Redas da Casa, embora alguns lembrando que Ângelo Coronel, o presidente, como senador eleito, está proibido, por lei, de contratar ou demitir três meses antes e três depois das eleições.
No meio do tititi, as especulações sobre o herdeiro da era Coronel: quem será o próximo presidente?
Rosemberg Pinto (PT) quer, mas tem resmungos. Há quem diga que o PT de Rui deve partilhar com os seus aliados principais, o PSD de Otto Alencar e o PP de João Leão. No primeiro caso os nomes seriam Adolfo Menezes ou a deputada Ivana Bastos, com o discurso de que seria a primeira mulher. E no segundo, o deputado Nelson Leal. Correndo bem por fora, Alex Lima, do PSB de Lídice, se der. Ainda é especulação, mas depois da definição do affair entre Bolsonaro e Fernando Haddad.
Lúcio ironiza Colbert no MDB
O deputado Lúcio Vieira Lima ironizou ontem o fato de Colbert Martins, prefeito de Feira de Santana, ter procurado o senador Romero Jucá, presidente nacional do MDB, para saber como vai ficar o partido na Bahia, após João Santana sair da presidência:
– Que condição Colbert tem de cobrar lealdade se ele apoiou Zé Ronaldo, que é do DEM? João Santana não serve para ser governador, mas serve para dirigir o MDB?
A ponte tenta subir a rampa
João Leão foi com a comitiva de chineses ontem a Brasília tratar sobre a ponte Salvador-Itaparica.
Os chineses entram com 75% da obra, e os governos federal e estadual, com os 25% restantes, algo em torno de R$ 1,5 bilhão.
O dia no Planalto foi péssimo, com Temer indiciado por corrupção, mais clima de velório que de negociação. Mesmo assim o grupo conversou com Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil.
Oposição busca líder
A oposição a Rui Costa, que já penou em busca de um vice para Zé Ronaldo e um candidato ao Senado para fazer parceria com Jutahy Júnior, tem outro dilema na Assembleia: pelo menos os deputados Pedro Tavares, Sandro Régis e Targino Machado já declinaram da ideia de tornar-se líder da oposição.
O líder hoje, Luciano Ribeiro (DEM), perdeu. Alan Sanches, também citado, topa:
– Ainda não houve conversa sobre isso, mas não fujo.
Irmão Lázaro vai tocar a vida entre Salvador e Feira
Embora tenha sido eleitor de Bolsonaro de primeira hora, Irmão Lázaro (PSC), candidato ao Senado na chapa da oposição ao lado de Jutahy Júnior, diz que ainda não decidiu exatamente como vai atuar politicamente, mas já tem dois focos definidos:
– Vou esperar a eleição presidencial. E depois concentrar meus esforços entre Salvador e Feira de Santana.
Noutras palavras, ele é filho de Salvador, tem bases em Feira e admite que pode disputar uma das duas prefeituras em 2020.
Lázaro é amigo pessoal de Bolsonaro, mas descarta a possibilidade de ocupar um cargo federal de alto escalão caso vença:
– Isso, não. Eu não quero.