Cimatec, pela excelência, a joia do Sistema S na Bahia
Boa governança é aquela em que o cidadão se serve no que é proposto, de brincar a estudar, entra e sai sem queixas e sem saber quem está lá. Assim o é, na sua grande maioria, o Sistema S, que tem no seu mix o Sesi, o Senac, o Sebrae e, no caso baiano, a cereja do bolo, o Cimatec, um centro de excelência em pesquisas e desenvolvimento tecnológico dos melhores do mundo.
Esta semana, Carlos Andrade, presidente da Fecomércio, inaugurou um restaurante do Sesc para atender funcionários do Salvador Shopping. Ao ser indagado sobre a possibilidade de fazer o mesmo noutros shoppings, foi curto:
– Eu sei lá o que é que vão fazer com a gente.
A faca — Andrade, assim como Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias (Fieb), está de orelha em pé porque o novo ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai ‘meter a faca no Sistema S’.
É mau sinal. É uma ameaça com um sistema que dá certo. Só o Senai tem 162 escolas no País, o Sesi, 150.
Até hoje nunca houve questionamento sobre o dinheiro, arrecadado de empresários, ressalte-se. A única voz contra, não de agora, é um senador goiano sem voto (é suplente em exercício), Ataídes Oliveira (PSDB), que até hoje fez discurso sem plateia. Ele questiona o volume arrecadado,
R$ 40 bi. E daí? O que importa é se é bem aplicado ou não, público ou privado.
Zé Neto e a Previdência
Sempre ardoroso defensor da reforma da Previdência de Rui Costa, que incluiu o aumento da alíquota de 12% para 14%, o deputado Zé Neto (PT), líder da oposição na Assembleia e também deputado federal eleito, é instigado por adversários, como Tom Araújo (DEM):
– Quero ver como ele vai votar na reforma da Previdência de Bolsonaro.
– Tem que ter reforma, sim. Mas não uma reforma em que só o pobre paga.
Nelson Leal, o silêncio tático
Calado desde que foi ungido próximo presidente da Assembleia com as bênçãos de Rui Costa e o abraço da oposição, Nelson Leal (PP) até agora nada falou e diz que só vai falar no dia 1º de fevereiro, quando acontecerá a eleição e posse.
– Está tudo correndo tranquilo, tudo bem. E quando a gente está assim é melhor não falar. Qualquer passo em falso poderemos criar problemas de graça.
É o silêncio tático.
Grata ao céu, com cautela
Figura bastante ligada ao sertão, onde a seca bate forte, a deputada Fátima Nunes (PT) diz estar muito feliz com o maná que jorrou do céu em forma de chuvas, espalhando água por todo o sertão que estava com sede.
– Desta vez tudo que caiu do céu foi bom. A ressalva é porque às vezes ele dá susto, como o meteorito Bendengó, em Monte Santo, que não matou ninguém. Mas na semana passada um raio matou oito bois.
A redescoberta de Brasil e Portugal de vento em popa
Portugal, que virou o xodó dos baianos nas duas décadas, está devolvendo o love com honras e pompas. Além dos três voos semanais da TAP entre Salvador-Lisboa e vice-versa, três voos das cidades lusas de Lisboa e Porto vão chegar a Salvador dia 26 de dezembro e retornarão para Portugal dia 2.
Juntos, eles representam a vinda de 1.600 turistas. No mesmo período, voos saindo da capital baiana também vão para lá.
O diretor comercial do aeroporto de Salvador, Marc Gordien, diz que a ponte é sólida.
Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam que ano passado 869 mil brasileiros foram a Portugal. Isso é simplesmente um crescimento de 39% em relação a 2016.
POLÍTICA
COM VATAPÁ
Pedida maldita
A deputada Ivana Bastos (PSD), lá de Guanambi e região, se elegeu bem em 2014 (60.899 votos) e melhor este ano (76.605 agora), mas antes penou. Durante 12 anos, três eleições consecutivas, ficou nas primeiras suplências.
Nos tempos de suplência, ávida por assumir o mandato, chegou à Assembleia e comentou com alguns deputados, entre eles a feirense Eliana Boaventura:
– Que Assembleia é essa?! Não morre ninguém, ninguém fica doente por longo tempo!...
Dias depois, Eliana, em viagem pelo interior, sofreu um grave acidente de carro, daqueles em que o veículo fica completamente destruído.
Felizmente, sofreu ferimentos leves. Dias depois, as duas se encontraram na Assembleia. E Eliana:
– Ivana, minha filha, foi um horror. Cada capotada que o carro dava eu me lembrava de você.
E Ivana:
– Eu nunca lhe desejei uma coisa dessas.
– Eu sei, mas falou.
Ivana nunca assumiu.