Daniel Silveira, o deputado que está preso por xingar membros do STF
Dizem nas redes sociais que Daniel Silveira (PSL-RJ), o deputado que está preso por xingar membros do STF com palavras do mais baixo calão em nome da liberdade de expressão, é a segunda cepa do gabinete do ódio, tão bem alimentado por Bolsonaro na primeira metade do mandato.
E aí vem o tempero: ‘Se o vírus se alastra, vamos precisar de duas vacinas, contra a Covid e contra a raiva’. E em Brasília ontem a pergunta rolava: e Bolsonaro se vacinou contra a raiva?
O presidente, agora usando como tática a caça de aliados políticos no Congresso Nacional, deixou o gabinete do ódio e trilha o toma lá, dá cá, ao que parece, muito satisfeito. E, no caso Daniel, disse que o governo não tem nada com isso.
Trump — Dizem que Bolsonaro mudou o disco depois da derrota do amigo Donald Trump, o presidente dos EUA que se aferrou ao mandato no mais clássico estilo dos ditadores das republiquetas do terceiro mundo, saiu na marra.
Bolsonaro dá a sensação de estar tentando guinar para o jogo político clássico. E tem chances. Ele já detonou Wilson Witzel, do Rio, Sérgio Moro, Luiz Henrique Mandetta e quase que também João Dória, de São Paulo, todos dois anos atrás, potenciais concorrentes em 2022.
E será que a segunda cepa do gabinete do ódio tem alguma chance? A vacina para ele é a democracia. A terceira onda desse jogo é que interessa aos baianos. Como vão ficar Rui Costa e ACM Neto?
A Covid está no pico e vai piorar com o efeito Momo
Miguel Nicodelis, neurocientista, usou o Twitter para dizer que o toque de recolher baixado por Rui Costa ‘é tardio e insuficiente’. E o próprio Rui admite que, se as medidas adotadas não surtirem efeito, pode ir muito mais além, recorrendo ao lockdown.
De Itabuna a Juazeiro, de Salvador a Barreiras, passando por Feira de Santana e Lençóis, a pauta é a mesma: os leitos disponíveis para a Covid estão no limite. Se a situação é essa agora, todos os indicativos são de que o pior venha aí.
Veja: a primeira onda da Covid teve uma adubada no São João, se intensificou na campanha eleitoral e agora está aí a conta do Ano Novo. No Carnaval, foi bem mais gente. Enseja pensar que a terceira onda vem vindo.
Reitoria da Univasf, a disputa que parece uma obra de ficção
Uma nova decisão da Justiça Federal suspende a lista tríplice para a escolha do novo reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), uma história digna das melhores novelas de ficção.
A começar pelo tempo. A tal eleição, no Conselho Universitário em novembro de 2019, apontou em primeiro Télio Leite com 29 votos, em segundo Ricardo Santana Lima, com 17 votos, e em terceiro Luiz Vallota, com 11. Jorge Ramos e Fernando de Carvalho, também candidatos, entraram na Justiça dizendo que Ricardo, por estar cedido a outro órgão federal, não podia ser candidato. O rolo se instalou e rola até hoje.
Detalhe: na votação, Jorge e Fernando tiveram zero voto. João Carlos Salles, reitor da Ufba e ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), acha que tem o dedo do MEC para melar o jogo.
Alba sofistica a vigilância
A Assembleia da Bahia, que desde o início da pandemia adotou a medição de temperatura na porta de entrada e chegou a encaminhar alguns para o serviço médico, ganhou um reforço no projeto: passou a adotar aparelhos cedidos pela União Nacional dos Legislativos (Unale), que é presidida pela deputada baiana Ivana Bastos (PSD).
O aparelho é tão eficaz que detecta até altas temperaturas no meio de várias pessoas.
Luto em Itabuna
Itabuna, que na primeira onda ao Covid já foi considerado o epicentro da pandemia e contagiou também o hoje prefeito Augusto Castro (PSD), com mais de 50 dias de internamento, amanheceu de luto ontem. A Covid levou também o advogado Kleber Macedo, 46 anos. O município já contabiliza 397 mortes.
Em Amargosa também
A morte de Valmir Sampaio, 58 anos, prefeito de Amargosa de 2005 a 2012, vítima da Covid, também causou intensa comoção na cidade e em todo o Vale do Jiquiriçá, por onde ele muito andava.
Alto nível
Alvo de intenso alarido em janeiro do ano passado, quando chegou a menos de 10% da capacidade, a Barragem do França, entre Piritiba e Miguel Calmon, que também abastece Mundo Novo, está com quase 80% da sua capacidade, segundo a Cerb. E a previsão é de muita chuva na área. Ou seja, o baixo nível virou alto.
Balanço do prejuízo
Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, vai mostrar em coletiva segunda (14h30) os dados de 2020, os de janeiro de 2021 e as projeções do ano, o que inclui o impacto do fechamento da Ford.