O plano de ataque dos Estados Unidos contra o Irã não considera uma ação terrestre, mas prevê o bombardeio maciço contra alvos estratégicos e a infra-estrutura do país. Isso será feito com armas novas e precisas: bombas guiadas de 900 quilos capazes de penetrar instalações subterrâneas e aviões de US$ 2 bilhões, invisíveis a todos os detectores eletrônicos conhecidos.
As bombas B61-11 (ver quadro abaixo) carregam 240 quilos de tritonal - um explosivo cuja onda de choque se expande a 1.200 metros por segundo - e, justificando a denominação de arrasa-bunker, podem destruir fortificações protegidas por 6 metros de concreto e aço.
De acordo com fontes militares dos EUA ouvidas pelo Estado, uma das hipóteses em estudo estabelece uma chuva de 100 bombas B61-11 nas primeiras 24 horas do ataque, contra duas instalações chaves do programa nuclear iraniano: a usina experimental de Natanz, onde é feito o enriquecimento de urânio, e Isfahan, centro dedicado ao processo de gaseificação do minério. As duas fábricas têm edificações abaixo do solo.
Os aviões são os misteriosos bombardeiros B-2 Spirit, as máquinas de guerra mais caras da história, capazes de façanhas como a de sair pela manhã de sua base em Whiteman, no Missouri, percorrer cerca de 10 mil quilômetros para chegar a seu objetivo no Oriente Médio, cerca de 9 horas depois da decolagem, lançar 18,2 toneladas de bombas e mísseis contra alvos diversos, realizar um reabastecimento de combustível no ar, e retornar a tempo de permitir que os dois pilotos tomem o café da manhã em casa, totalizando 20 horas de vôo contínuo.
Segundo o general da Força Aérea dos Estados Unidos, Ronald Keys, a ação pode precipitar também o uso em combate do novo caça americano, o F-22 Raptor. Keys disse que "em caso de mobilização, é possível enviar para qualquer parte do mundo pelo menos 12 supersônicos F-22A.
O contrato final estabelece que serão produzidos entre 275 e 339 aeronaves, ao custo estimado de US$ 20 bilhões - incluído no pacote o investimento em desenvolvimento.
O Raptor é o substituto do velho F-15 Eagle como avião de superioridade aérea da USAF e reúne tecnologia de 5ª geração, como visores holográficos e sistemas de armas embutidos na fuselagem - para disparar seus seis mísseis é preciso abrir compartimentos especiais. Voa na faixa de 3 mil km/hora, incorporando recursos que o tornam furtivo aos radares e sensores de feixe de luz laser.