Tropas argelinas foram alvo de um ataque terrorista hoje no leste da capital, Argel, que matou quatro soldados e feriu outros dois, informou o governo. As tropas patrulhavam uma área ao redor do vilarejo de Ait Yahia, ao sul da cidade de Tizi Ouzou, quando seu veículo passou sobre um explosivo enterrado na rua, informaram oficiais sob anonimato. Residentes do vilarejo disseram que terroristas escondidos atiraram contra os soldados após a explosão. Os soldados conduziam uma busca por células terroristas na área quando foram atacados. A região de Kabila, onde ocorreu o ataque, é considerada um refúgio de terroristas. Nenhum grupo assumiu até agora o ataque.
A Argélia tem uma ativa rede de militantes islâmicos que freqüentemente atacam as tropas em estradas a tiros ou com bombas. Um grupo que se autodenomina Al-Qaeda no Norte da África Islâmico recentemente emergiu a partir de uma aliança entre a rede terrorista Al-Qaeda, do magnata Osama bin Laden, e um movimento islâmico local, o grupo Salafista para o Combate. O grupo reivindica responsabilidade por dois ataques conduzidos por homens-bomba no mês passado na capital, Argel, que mataram pelo menos 37 pessoas, incluídos 17 trabalhadores dos quadros da Organização das Nações Unidas (ONU).
A insurgência islâmica explodiu na Argélia no começo da década de 1990, quando o Exército argelino cancelou o segundo turno da primeira eleição multipartidária do país, que seria vencida por um partido fundamentalista de linha-dura. Grupos caíram na clandestinidade e partiram para a luta armada contra o governo, em uma guerra que matou mais de 200 mil pessoas, boa parte das quais eram civis. No início da década atual a rebelião perdeu força, mas em 2006 os remanescentes da antiga rebelião fizeram uma aliança com a Al-Qaeda e se reagruparam.