Até quinta-feira (8), cerca de 60 pesquisadores, representantes de instituições públicas e de organizações não-governamentais, além de integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) discutem em Praia, capital de Cabo Verde (arquipélago no oeste da África), a implementação de programas conjuntos de combate à aids no Brasil e em mais sete países da América Latina, África e Ásia.
No 3º Encontro Laços SulSul, projeto que reúne Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Guiné Bissau, Nicarágua, Paraguai, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, são avaliados os resultados alcançados desde o início do projeto, há três anos. Os participantes pretendem ainda buscar estratégias para fortalecer a cooperação e ampliar o acesso à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença.
Na quinta-feira, os participantes do encontro deverão assinar a Declaração de Praia, com os compromissos que assumiram. Essa é a primeira reunião da iniciativa Laços SulSul fora do Brasil. Além do governo de Cabo Verde, promovem o encontro o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde brasileiro.
Criado em 2004 pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde brasileiro, o programa Laços SulSul tem entre seus objetivos capacitar profissionais e oferecer acesso universal a medicamentos contra o HIV para países de língua portuguesa e da América Latina. O Unicef e o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) aderiram ao projeto.
Outro objetivo do programa é mobilizar a sociedade civil, principalmente os jovens, para o combate à doença. Entre as ações desenvolvidas estão projetos para prevenir a transmissão do vírus da mãe ao bebê e para coibir o surgimento de casos entre adolescentes.