A justiça espanhola suspendeu por três anos as atividades de dois partidos bascos de extrema esquerda, o que os proíbe de participar das eleições gerais marcadas para 9 de março. O magistrado Baltasar Garzón acusou o Partido Comunista das Terras Bascas e a Ação Nacionalista Basca de estarem ligados ao proscrito Batasuna, braço político do grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade).
A decisão de Garzón determina o fechamento de todos os diretórios de ambos os partidos e a suspensão imediata de todos os pagamentos de salários, subvenções e outros aportes econômicos aos quais tinham direito. O Batasuna foi proscrito pelo Supremo Tribunal da Espanha em 2003,por ser considerado parte integrante do ETA, que levantou-se em armas em 1968 com o objetivo de fundar um País Basco independente numa área que abrange o nordeste da Espanha e o sudoeste da França. O partido é proibido de apresentar candidatos em eleições e de promover qualquer espécie de atividade política.
Com a decisão de Garzón, nenhum candidato da extrema esquerda basca favorável à independência participará das eleições de março. Ao mesmo tempo, a promotoria pública recorreu ao Supremo Tribunal com uma ação para que os dois partidos também sejam oficialmente proscritos.
No início da madrugada de hoje, um artefato explosivo de baixo poder destrutivo explodiu na frente de um tribunal no povoado basco de Bergara minutos depois de a polícia ter recebido uma advertência do ETA. A bomba causou danos consideráveis ao edifício onde funciona a corte e a seus arredores, mas não deixou vítimas.