A Casa Rosada chega aos últimos detalhes para o lançamento amanhã da candidatura da primeira dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner à Presidência. As eleições serão realizadas no próximo dia 28 de outubro. Para não estragar a festa do anúncio, o Presidente Néstor Kirchner nem mencionou o escândalo que derrubou Felisa Miceli do Ministério de Economia em seus últimos discursos. "Para o Presidente o assunto já está encerrado", resumiu um assessor do Governo.
No auditório do tradicional Teatro Argentino de La Plata, capital da Província de Buenos Aires, Cristina falará durante uns 40 minutos. A solenidade terá a presença de governadores, prefeitos, deputados, senadores e líderes políticos. Se Cristina seguir a linha do último discurso de seu marido, vai "defender com força o modelo industrial". Também poderia disparar algumas críticas aos analistas políticos e econômicos que alertam para os perigos da crise energética ou dos desvios institucionais no país. Kirchner os chama de "profetas do passado que não esquecem facilmente dos privilégios que tiveram graças às costas do povo argentino".
Tudo indica que Cristina não será afetada pela queda de Miceli por denúncias de corrupção no caso denominado "banheirogate" (a bolsa cheia de dinheiro encontrada no banheiro da ex-ministra).