O bilionário líder oposicionista georgiano Badri Patarkatsishvili morreu em sua casa nos arredores de Londres, informou hoje seu porta-voz. A polícia está tratando a morte como suspeita. Patarkatsishvili, de 52 anos, morreu durante a madrugada de aparente ataque cardíaco. O bilionário acusava o governo do presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, de querer matá-lo. Patarkatsishvili era visto como uma força motriz por trás protestos antigovernamentais de novembro último e era investigado por acusações de conspirar para derrubar o governo.
Ele negava as acusações, mas admitiu que deu grandes somas à polícia para não reprimir os manifestantes. Os protestos foram reprimidos com brutalidade pelos policiais. Patarkatsishvili deixou a Geórgia em novembro e passou algum tempo em Israel e Grã-Bretanha. O magnata russo Boris Berezovsky, associado de longa data de Patarkatsishvili que vive em Londres, disse que parentes lhe informaram que o georgiano teria morrido de ataque cardíaco. Berezovsky afirmou que havia se encontrado na terça-feira com Patarkatsishvili, que reclamara do coração.
A polícia de Surrey confirmou ter sido chamada ontem à casa de Patarkatsishvili em Leatherhead, 30 km ao sul de Londres. Uma autópsia será realizada. "Como toda morte inesperada, ela está sendo tratada como suspeita", disse uma porta-voz policial. Patarkatsishvili concorreu contra o presidente Saakashvili na eleição de janeiro, conseguindo 7% dos votos. Grupos oposicionistas acusaram Saakashvili de ter fraudado a eleição para conseguir os 53% dos votos que garantiram sua reeleição no primeiro turno.